Sobreviventes pedem ao Facebook que apague publicações que negam Holocausto
Sobreviventes do Holocausto lançaram hoje uma campanha de publicação de vídeos no Facebook para pedir ao CEO da rede social, Mark Zuckerberg, que apague conteúdos que neguem o genocídio nazista dos judeus.
A campanha começou quando centenas de anunciantes boicotaram o Facebook como parte das reivindicações para que a rede social impeça todo tipo de conteúdo que promova o ódio e a violência.
Sobreviventes de todo o mundo, incluindo Eva Schloss, a irmã caçula de Anne Frank, gravaram mensagens de 30 segundos para divulgar nas redes sociais com a hashtag #NoDenyingIt (#NãoTemComoNegar).
"Eu perdi toda minha família. Muitos, muitos membros da minha família. Não tem como negá-lo! Eliminem do Facebook a negação do Holocausto", suplicou no vídeo Schloss.
Zuckerberg, que é judeu, foi alvo de polêmica e muitas críticas em 2018 ao afirmar que o Facebook não bloqueará publicações que neguem a morte de 6 milhões de judeus pelos nazistas, porque não acreditava que os negacionistas estavam "intencionalmente equivocados", apesar de suas publicações serem "extremamente ofensivas".
Em resposta às críticas, o Facebook anunciou que bloquearia este tipo de conteúdo em países onde os comentários são ilegais, como Alemanha, França e Polônia.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde devido às leis de liberdade de expressão a negação do Holocausto não é crime, o Facebook analisa as publicações individualmente para determinar se transgridem as normas da rede social.
Cerca de mil anunciantes, entre eles gigantes como Coca-Cola e Adidas, interromperam seus anúncios no Facebook por acreditar que a maior rede social do mundo precisa aplicar uma política mais dura contra o discurso de ódio.
Recentemente, o Facebook tem se mostrado mais proativo no combate às notícias falsas e chegou a excluir mensagens postadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Facebook afirma que alerta os usuários quando líderes mundiais transgridem as normas da plataforma, embora suas mensagens possam ser lidas devido ao seu valor noticioso.
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