Pressionado por Trump, Pompeo promete publicar e-mails polêmicos de Hillary Clinton
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, alvo de críticas incomuns do presidente Donald Trump, prometeu nesta sexta-feira (9) publicar e-mails controversos de sua antecessora, a democrata Hillary Clinton. O presidente afirma que esses documentos provariam que ela deve ser levada à justiça.
Questionado sobre o ataque do presidente dos Estados Unidos, Pompeo respondeu à rede Fox News: "Vamos divulgar esta informação para que os americanos possam conhecê-la".
Quando perguntaram a ele se isso aconteceria antes da eleição presidencial de 3 de novembro, Pompeo acrescentou: "Estamos fazendo o mais rápido possível. Acredito que haverá mais para se ver até a eleição."
Na quinta-feira, Trump, em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto ante o democrata Joe Biden e confinado na Casa Branca após se contaminado com o novo coronavírus, dirigiu ataques a seu secretário de Estado, um dos poucos em sua equipe que não havia recebido críticas públicas até agora.
O presidente lamentou que Pompeo não tenha conseguido obter dados para que Clinton, que perdeu a eleição presidencial contra Trump em 2016, fosse julgada pelo notório caso.
Esses e-mails "estão no Departamento de Estado, mas Mike Pompeo foi incapaz de publicá-los, o que é bem triste", disse o presidente. "Não estou satisfeito com ele nesta questão", acrescentou. "Ele comanda o Departamento de Estado, deve publicá-los", enfatizou Trump.
Hillary Clinton foi acusada de usar um servidor privado para parte de sua troca de e-mails no Departamento de Estado e não o servidor do governo com a segurança adequada. Durante a última campanha eleitoral, Trump pediu sua prisão inúmeras vezes.
Após uma investigação, o FBI não encontrou nenhuma razão para pedir uma acusação contra Hillary Clinton, mas afirmou que ela foi "extremamente imprudente".
Uma investigação feita pelos democratas da Câmara de Representantes revelou no ano passado que a filha de Donald Trump, Ivanka, e seu marido, Jared Kushner, ambos conselheiros da Casa Branca, também usaram e-mails particulares para trocas relacionadas a suas atividades de governo.
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