Em carta, mexicano López Obrador felicita Biden por vitória nos EUA
México, 15 dez 2020 (AFP) - O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, felicitou o democrata Joe Biden por sua vitória na eleição presidencial dos Estados Unidos, em uma carta na qual lhe pediu que trabalhem juntos em matéria migratória.
"Eu lhe expresso meu reconhecimento por sua postura a favor dos migrantes do México e do mundo, o que permitirá (...) promover o desenvolvimento das comunidades do sudeste do México e da América Central", disse López Obrador em entrevista coletiva nesta terça-feira (15).
O presidente, que tem uma relação estreita com o atual presidente americano Donald Trump, estava entre os poucos líderes do mundo que ainda não haviam parabenizado Biden. Seu argumento era de que a vitória do democrata deveria ser validada pelo Colégio Eleitoral, o que aconteceu na segunda-feira.
Na carta, com data de 14 de dezembro, López Obrador destaca a estreita relação entre México e Estados Unidos, que compartilham cerca de 3.200 km de fronteira comum.
"Nós governantes devemos nos esforçar para manter boas relações bilaterais baseadas na colaboração, na amizade e no respeito a nossas soberanias", destacou.
Obrador disse que espera poder dialogar em breve com Biden sobre assuntos da agenda bilateral, especialmente a migração.
Os dois países enfrentam também desafios na segurança: o México é uma rota do narcotráfico para os EUA, enquanto do norte chegam ilegalmente armas ao território mexicano, em meio a uma onda de violência criminosa.
Durante a presidência de Biden, se aprofundará a implementação do T-MEC, o novo acordo comercial da América do Norte negociado por exigência de Trump.
Analistas, que criticaram López Obrador por demorar a parabenizar o presidente eleito, estimam que Biden vigiará estreitamente que o México cumpra com os compromissos em questões de trabalho e energia.
Trump afirma, sem provas, que perdeu as eleições por uma suposta fraude, situação que López Obrador chegou a comparar à eleição do México de 2006, quando o esquerdista foi derrotado por menos de 1% dos votos.
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