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EUA e países europeus parabenizam avanço rumo à 'solução política' na Líbia

O governo de transição da Líbia, emergindo de um processo incentivado pela ONU, ganhou um voto de confiança do parlamento na quarta-feira para que possa liderar o país - Mandel Ngan/AFP
O governo de transição da Líbia, emergindo de um processo incentivado pela ONU, ganhou um voto de confiança do parlamento na quarta-feira para que possa liderar o país Imagem: Mandel Ngan/AFP

11/03/2021 19h52

Os Estados Unidos e os principais países europeus envolvidos no dossiê líbio, assim como Egito e Jordânia, comemoraram nesta quinta-feira (11) que o Parlamento líbio entrou em acordo de confiança com o novo governo de transição.

"É um passo essencial para a unificação das instituições líbias e uma solução política global para a crise", ressaltou uma declaração dos ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Itália.

Antony Blinken, Dominic Raab, Jean-Yves Le Drian, Heiko Maas e Luigi di Maio também pediram às autoridades líbias para "garantir uma transferência construtiva e suave de todos os poderes e responsabilidades" para este Executivo.

"Tudo isso vai na direção do progresso em direção à estabilidade, a proteção da segurança e a soberania da Líbia", comentou o chanceler egípcio Sameh Shukri horas antes, enquanto o jordaniano Ayman Safadi elogiou como sendo um "bom passo em direção a uma solução política".

O governo de transição da Líbia, emergindo de um processo incentivado pela ONU, ganhou um voto de confiança do parlamento na quarta-feira para que possa liderar o país, dilacerado pela guerra, até as eleições em dezembro.

Este governo deve agora trabalhar para organizar eleições "livres" em 24 de dezembro e "implementar totalmente o acordo de cessar-fogo de 23 de outubro de 2020", "incluindo a retirada da Líbia de todos os mercenários e combatentes estrangeiros", segundo os ministros europeus e americanos.

No caos desde a queda do coronel Muammar Kadhaffi em 2011, a Líbia tem sido palco de lutas e confrontos de influência direta ou indireta por várias potências estrangeiras.

Em dezembro, a Líbia tinha cerca de 20.000 mercenários e militares estrangeiros, especialmente combatentes pró-Turquia procedentes da Síria e mercenários russos, de acordo com a ONU.