Obama pede que mundo rejeite junta de Mianmar e adverte para 'Estado falido'
Washington, 26 Abr 2021 (AFP) - O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama pediu nesta segunda-feira (26) a todas as nações que se mantenham firmes contra a junta militar que assumiu o poder em Mianmar, expressando sua solidariedade aos manifestantes pela democracia e advertindo para um "Estado falido".
"A atenção do mundo deve permanecer voltada para Mianmar, onde me horrorizou a violência angustiante contra os civis e me vi inspirado pelo movimento nacional que representa a voz do povo", disse Obama, que visitou o país asiático para apoiar sua incipiente adoção da democracia há uma década.
"O esforço brutal e ilegítimo dos militares para impor sua vontade depois de uma década de maiores liberdades claramente nunca será aceito pelo povo e não deveria ser aceito pelo resto do mundo", declarou Obama em um comunicado.
Em 1º de fevereiro, o exército birmanês depôs o governo eleito e deteve a líder democrática Aung San Suu Kyi.
Obama, que é econômico em seus comentários sobre assuntos internacionais, apoiou a ação dos Estados Unidos sob o mandato do atual presidente, Joe Biden, que foi seu vice-presidente, e de outros países para "impor custos às forças armadas" em uma tentativa de restaurar a democracia.
"Os vizinhos de Mianmar devem reconhecer que um regime assassino, rejeitado pelo povo, só trará mais instabilidade, crise humanitária e o risco de um Estado falido", opinou.
Obama falou após uma cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Jacarta, à qual foi convidado o chefe da junta, Min Aung Hlaing, e a Indonésia, a anfitriã, pediu que ponha fim à violência.
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