Cruz Vermelha alerta que pandemia está longe do fim na América Latina
A luta contra a covid-19 está longe do fim na América Latina, região onde a pandemia apresenta atualmente a maior incidência mundial de casos e os sistemas sanitários estão à beira do colapso, advertiu nesta sexta-feira (28) a Federação Internacional da Cruz Vermelha.
"A pandemia está longe do fim", em um momento em que "aumenta a transmissão e os sistemas de saúde correm o risco de colapsar", advertiu em um comunicado a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), baseada no Panamá.
A organização alertou, ainda, que a região alcançou o pico mais alto de mortes pelo novo coronavírus desde o começo da pandemia e apresenta a maior incidência mundial de casos de covid-19 por cem mil habitantes.
"Neste momento, dez dos 15 países que registram mais novos casos e mortes estão na América Latina e no Caribe. A pandemia ainda não acabou", disse à AFP Ghotai Ghazialam, gerente da operação covid-19 da IFRC na América.
Segundo a IFRC, Uruguai, Argentina e Costa Rica lideram a lista dos países com maior número de novos casos, seguidos de Trinidad e Tobago, Suriname e Brasil.
"Muitos países da região estão em risco extremo de transmissão e em alguns deles os sistemas de saúde atravessam sua pior situação em meses, com percentuais limite de ocupação de leitos hospitalares e de UTI. Há um risco real de colapso", afirmou Ghazialam.
A organização considera que em Brasil, Argentina e Uruguai há risco de um colapso iminente dos sistemas sanitários, enquanto que em Paraguai, Colômbia e Bolívia, os "sinos de alerta estão soando".
Até esta sexta-feira, a região da América Latina e do Caribe somava mais de um milhão de mortos e 32,5 milhões de contágios por covid-19. Brasil e México, respectivamente, são os países com o segundo e o quarto maior número de mortos pela pandemia no mundo em números absolutos.
Especialistas temem o aparecimento de novas variantes do vírus, que podem ser potencialmente mais transmissíveis ou letais em um momento em que, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha, o ritmo de vacinação na maior parte da América Latina e do Caribe é "perigosamente lento".
"Cinco meses depois do início das vacinações em todo o mundo, menos de duas em cada mil vacinas foram aplicadas nos países mais pobres (da América latina)", declarou Martha Keays, diretora regional da IFRC para as Américas.
"Deixar para trás os mais vulneráveis nos processos de vacinação é uma catástrofe moral e de saúde pública", e por isso devem ser consideradas "todas as medidas possíveis" para produzir mais vacinas, inclusive a isenção temporária de proteções de propriedade intelectual, acrescentou Keays.
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