Colômbia se compromete com CIDH a esclarecer homicídios durante protestos
O governo da Colômbia se comprometeu nesta quinta-feira com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) a investigar 21 homicídios ocorridos durante os protestos contra o governo, ao final da visita extraordinária da comissão para avaliar a situação no país após mais de um mês de crise.
O presidente Iván Duque está "totalmente comprometido com o prosseguimento de todas as investigações sobre as causas da morte dessas 21 pessoas, que, infelizmente, comprovou-se que ocorreu em consequência desses protestos", expressou a vice-presidente e chanceler, Marta Lucía Ramírez, após reunião com membros da CIDH em Bogotá.
A delegação chegou ao país no domingo para analisar denúncias de violações dos direitos humanos na capital, Bogotá, nas cidades de Cali, Popayán e no município de Tuluá. Também se reuniu com Duque, o Ministério Público, organizações civis, vítimas e o comando da polícia, questionada pela dura repressão às manifestações.
A ONU, os Estados Unidos, a União Europeia e ONGs internacionais denunciaram os graves excessos cometidos pelas forças públicas. Ao menos 61 pessoas morreram desde o início dos protestos, em 28 de abril, segundo autoridades e a Defensoria do Povo, que entregou mais de 500 denúncias de violações dos direitos humanos à CIDH.
Os protestos acontecem diariamente, com alguns dias mais intensos do que os outros. A CIDH, sediada em Washington e vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), analisará todas as informações recebidas e emitirá "uma declaração pública com observações e recomendações", segundo sua presidente, Antonia Urrejola.
A chanceler Marta Lucía expressou que receberá as recomendações da comissão "com a maior disposição para continuar melhorando, a fim de que o Estado colombiano seja sempre um Estado garantidor do respeito aos direitos humanos".
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