Rússia volta a bater recorde de casos, enquanto a variante delta preocupa
A Rússia bateu hoje um novo recorde de contaminações por covid-19 desde janeiro, enquanto a preocupação aumenta no mundo com a variante delta, que pode levar a uma nova onda da pandemia.
A pandemia se acelerou esta semana em todas as regiões do mundo, exceto na América Latina. Na Ásia, restrições foram impostas na Indonésia, onde os hospitais estão à beira do colapso, e em Bangladesh.
A covid-19 já matou pelo menos 3,974 milhões de pessoas desde seu aparecimento no final de 2019, de acordo com um balanço estabelecido neste domingo pela AFP.
A Rússia, que continua a ser duramente atingida por uma nova onda provocada pela variante delta, anunciou hoje que identificou 25.142 novos casos nas últimas 24 horas, um recorde desde 2 de janeiro.
O país já havia registrado esta semana recordes de mortes pelo coronavírus por cinco dias consecutivos, com 697 óbitos anunciados no sábado. O número de mortos nas últimas 24 horas foi de 663 neste domingo.
O vizinho Cazaquistão anunciou hoje 3.003 novos casos em 24 horas, um recorde para o país da Ásia Central.
Diante da progressão da variante Delta, cresce o debate na Europa sobre a vacinação dos profissionais da saúde. Na Itália, trezentos deles entraram com ações judiciais para obter o levantamento da obrigação de o pessoal médico e sanitário ser vacinado contra a covid-19, de acordo com a imprensa.
Na França, por outro lado, uma centena de médicos pediu ao governo que tornasse obrigatória a vacinação para os funcionários de hospitais e asilos "antes do início de setembro" para "evitar uma quarta onda".
Diante de uma campanha de vacinação que perde fôlego no país, o responsável pela campanha no governo francês, Alain Fischer, alertou que quem espera "está cometendo um erro".
"Enorme pressão" em Bangladesh
Na Ásia, a Indonésia impôs no sábado confinamento parcial na capital Jacarta, na ilha de Java e em Bali, em face de uma onda sem precedentes de infecções por covid-19.
Mesquitas, restaurantes e shopping centers foram fechados.
Milhares de soldados e policiais estão nas ruas para fazer cumprir as novas medidas, em vigor até 20 de julho, e centenas de postos de controle foram montados.
O país registrou novo recorde de casos diários - 27.913 - no sábado, e seu sistema de saúde está à beira da asfixia.
Em Bangladesh, que desde quinta-feira impôs confinamento diante de um aumento "preocupante e perigoso" do número de casos, os hospitais não conseguem mais fazer frente ao ritmo de contágios na cidade de Khulna (sudoeste), que se tornou o epicentro da nova onda.
"Estamos enfrentando uma enorme pressão em termos de admissões", admitiu Niaz Muhammad, médico-chefe do governo para a região de Khulna.
Testemunhas descreveram a morte de parentes que não puderam receber oxigênio.
Nesta cidade perto do estado indiano de Bengala Ocidental, os cemitérios não conseguem lidar com o fluxo repentino de mortes em cidades próximas, como Satkhira.
Manifestações no Brasil
No Brasil, o segundo país com mais mortes depois dos Estados Unidos (520.000), dezenas de milhares de pessoas se manifestaram ontem contra o presidente Jair Bolsonaro, que é alvo de uma investigação preliminar, por suspeita de não ter relatado uma tentativa de corrupção na compra de vacinas.
"Bolsonaro Genocida", "Isso não é negação, é corrupção" ou "Sim às vacinas", diziam os cartazes em um protesto em São Paulo.
Nos Estados Unidos, o país mais afetado tanto em termos de número de mortes quanto de casos (605.493 mortes para 33.713.912 casos registrados), Joe Biden está aproveitando o feriado nacional, apesar das preocupações relacionadas à variante Delta, muito contagiosa.
O presidente americano convidou mil trabalhadores da saúde, funcionários expostos, soldados e seus familiares, para comemorar com ele na Casa Branca o Dia da Independência, num momento em que o país se tornou um modelo de recuperação, mesmo que a meta de uma primeira dose administrada a 70% da população adulta ainda não tenha sido atingida.
O pequeno estado americano de Vermont, na fronteira com o Canadá, tem a maior taxa de vacinação, agora com 82% dos maiores de 12 anos com pelo menos uma dose, muito à frente da média nacional de 64%.
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