Talibãs propõem 3 meses trégua em troca da soltura de 7 mil combatentes presos
Os talibãs propuseram um cessar-fogo de três meses em troca da libertação de 7 mil de seus companheiros presos — informou, nesta quinta-feira (15), anunciou uma fonte do governo que participa das negociações com os insurgentes.
"É uma exigência muito grande", disse Nader Nadery à imprensa, acrescentando que os talibãs também desejam que os nomes de seus dirigentes sejam eliminados de uma "lista negativa" da ONU.
Nader Nadery destacou que a liberação anterior de 5 mil talibãs no ano passado, uma condição estabelecida para a abertura das negociações interafegãs, já havia sido "uma exigência difícil" de cumprir e que, mesmo depois de atendida, "a violência não parou e, pelo contrário, aumentou".
Procurados pela AFP, os talibãs ainda não reagiram às declarações de Nadery.
Iniciadas em setembro passado na capital do Catar, Doha, as negociações entre o governo afegão e os rebeldes estão paralisadas.
Desde então, os talibãs já assumiram o controle de importantes zonas rurais do território afegão, em meio a uma ofensiva lançada na esteira da retirada final das tropas estrangeiras do Afeganistão. Este processo de saída começou no início de maio e deve terminar no final de agosto.
Os talibãs tomaram importantes postos de fronteira com Irã, Turcomenistão, Tadjiquistão e, desde quarta-feira (14), Paquistão. Este último é a rota de acesso do Afeganistão ao oceano, um país sem litoral.
Privadas do crucial apoio dos Estados Unidos, as Forças Armadas afegãs oferecem pouca resistência aos talibãs e se concentram em manter o controle das capitais provinciais e das principais rodovias.
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