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Ex-porta-voz do partido de Suu Kyi morre por covid na prisão em Mianmar

13.nov.2017 - Aung San Suu Kyi recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991 - Athit Perawongmetha/Reuters
13.nov.2017 - Aung San Suu Kyi recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991 Imagem: Athit Perawongmetha/Reuters

Da AFP, em Yangon

20/07/2021 09h59Atualizada em 20/07/2021 10h44

Uma pessoa próxima de Aung San Suu Kyi, a líder civil birmanesa derrubada pelo golpe de Estado de 1º de fevereiro, morreu após se infectar com covid-19 na prisão onde estava detido pela junta militar, informaram hoje as autoridades.

Nyan Win, de 78 anos, ex-porta-voz do partido Liga Nacional para a Democracia (LND) de Suu Kyi e acusado de sedição — organização contra o poder vigente que pode provocar uma rebelião —, estava preso no presídio de Insein em Yangon, que abriga vários presos políticos.

"Foi detectado como positivo para o coronavírus em 11 de julho e transferido ao hospital", declarou Zaw Min Tun, porta-voz da junta. "Morreu nesta terça-feira às 09h00 da manhã", acrescentou.

Durante o regime militar anterior, Nyan Win foi a única pessoa que podia se reunir com Aung San Suu Kyi, que esteve em prisão domiciliar por quase 15 anos em períodos intermitentes entre 1990 e 2010.

Mianmar mergulhou no caos após o golpe militar de fevereiro, que encerrou um período democrático de dez anos.

Os protestos e greves paralisaram a economia e a administração do país, incluindo os hospitais que enfrentam agora uma onda mortal de coronavírus.

Mais de 900 civis morreram pela repressão das forças de segurança e quase 5.300 foram presos.