Topo

Esse conteúdo é antigo

Funcionária de escola pinta rosto de preto nos EUA em protesto contra vacina obrigatória

Professora disse a colegas que ato, considerado ofensivo, era em representação à ativista negra que revolucionou combate à segregação racial nos EUA - iStock
Professora disse a colegas que ato, considerado ofensivo, era em representação à ativista negra que revolucionou combate à segregação racial nos EUA Imagem: iStock

20/09/2021 21h01

A funcionária de uma escola nos Estados Unidos foi trabalhar com o rosto pintado de preto, algo considerado ofensivo no país, em representação da ativista afro-americana Rosa Parks e em protesto contra a obrigatoriedade da vacina, reportou a imprensa nesta segunda-feira (20).

Lauren Pefferle, assistente de educação especial, disse a seus colegas que representava Parks como uma forma de chamar atenção para seu descontentamento com a ordem de impor a todos o pessoal acadêmico a vacinação contra a covid-19, reportou o jornal Newberg Graphic, do Oregon (noroeste dos Estados Unidos).

Pefferle disse ter pintado o rosto para ficar parecida com Parks, a ativista que, ao se negar a ceder seu lugar em um ônibus nos Estados Unidos em 1955, revolucionou o combate à segregação racial neste país.

Um branco com o rosto pintado de preto, ou "blackface" como a prática é denominada em inglês, é considerado altamente ofensivo.

O Oregon é uma das já várias jurisdições nos Estados Unidos que requer ao pessoal das escolas se vacinar contra a covid-19, ao mesmo tempo em que o país tenta reverter o aumento dos contágios.

Embora a maioria dos americanos apoie este tipo de regra para conter a pandemia, uma minoria continua protestando contra a imunização e outro tipo de medidas, afirmando que limitam as liberdades individuais.

A escola emitiu um comunicado após a ação de Pefferle, mas manteve seu nome em sigilo.

"Na sexta-feira, um dos nossos funcionários veio trabalhar com o rosto pintado de preto", disse em um comunicado a escola do distrito de Newberg, sem identificar a funcionária.

"A funcionária foi retirada do local e posta em licença administrativa", acrescentou o texto.

"É importante lembrar como o 'blackface' tem sido usado para representar mal as comunidades negras e causar males. Sabemos a violência que isto representa e o trauma que evoca, independentemente da sua intenção. O 'blackface' não tem cabimento nas nossas escolas".