Funcionária de escola pinta rosto de preto nos EUA em protesto contra vacina obrigatória
A funcionária de uma escola nos Estados Unidos foi trabalhar com o rosto pintado de preto, algo considerado ofensivo no país, em representação da ativista afro-americana Rosa Parks e em protesto contra a obrigatoriedade da vacina, reportou a imprensa nesta segunda-feira (20).
Lauren Pefferle, assistente de educação especial, disse a seus colegas que representava Parks como uma forma de chamar atenção para seu descontentamento com a ordem de impor a todos o pessoal acadêmico a vacinação contra a covid-19, reportou o jornal Newberg Graphic, do Oregon (noroeste dos Estados Unidos).
Pefferle disse ter pintado o rosto para ficar parecida com Parks, a ativista que, ao se negar a ceder seu lugar em um ônibus nos Estados Unidos em 1955, revolucionou o combate à segregação racial neste país.
Um branco com o rosto pintado de preto, ou "blackface" como a prática é denominada em inglês, é considerado altamente ofensivo.
O Oregon é uma das já várias jurisdições nos Estados Unidos que requer ao pessoal das escolas se vacinar contra a covid-19, ao mesmo tempo em que o país tenta reverter o aumento dos contágios.
Embora a maioria dos americanos apoie este tipo de regra para conter a pandemia, uma minoria continua protestando contra a imunização e outro tipo de medidas, afirmando que limitam as liberdades individuais.
A escola emitiu um comunicado após a ação de Pefferle, mas manteve seu nome em sigilo.
"Na sexta-feira, um dos nossos funcionários veio trabalhar com o rosto pintado de preto", disse em um comunicado a escola do distrito de Newberg, sem identificar a funcionária.
"A funcionária foi retirada do local e posta em licença administrativa", acrescentou o texto.
"É importante lembrar como o 'blackface' tem sido usado para representar mal as comunidades negras e causar males. Sabemos a violência que isto representa e o trauma que evoca, independentemente da sua intenção. O 'blackface' não tem cabimento nas nossas escolas".
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