Cuba anuncia quarentena para viajantes de 8 países africanos por ômicron
Havana, 29 Nov 2021 (AFP) - Cuba anunciou nesta segunda-feira (29) que vai impor uma quarentena de uma semana e outras medidas sanitárias a viajantes que chegarem de oito países africanos, após o surgimento da variante ômicron, detectada pela primeira vez na África do Sul, informou o Ministério da Saúde.
A partir de 4 de dezembro, passageiros da África do Sul, Lesoto, Botswana, Zimbabwe, Moçambique, Namíbia, Malawi e Eswatini (antiga Suazilândia) deverão ainda apresentar, ao chegar à ilha, certificação de vacinação e um resultado negativo de teste PCR realizado até 72 horas antes.
"A quarentena obrigatória será aplicada a eles por sete dias em um hotel destinado a esse fim, cabendo ao viajante os custos de hospedagem e transporte", disse o ministério em nota em seu site.
Os turistas desses países também terão que se submeter a um teste de PCR ao chegar em Cuba e outro no sexto dia de quarentena e, se negativo, poderão sair no sétimo dia.
Com exceção da quarentena e do PCR no sexto dia, as autoridades também aplicarão o restante dessas medidas aos viajantes de Bélgica, Israel, Hong Kong, Egito, Turquia e demais países da África Subsaariana.
Cuba, que tem 11,2 milhões de habitantes, conseguiu controlar a pandemia com 9.194.017 de vacinados com o esquema completo de imunização, que em Cuba é de três doses, com fármacos desenvolvidos e produzidos nacionalmente.
Depois de registrar em julho, agosto e setembro a maior incidência de coronavírus, a ilha conseguiu reduzir os casos de forma constante a partir de outubro, inclusive sem registrar óbitos nos últimos dias.
Desde que os primeiros casos foram registrados em março de 2020, Cuba totaliza 962.350 infecções e 8.300 mortes pela covid-19.
Apenas em 15 de novembro, os alunos concluíram o retorno às salas de aula e as fronteiras foram reabertas ao turismo internacional, restrito desde o início do ano.
No início do mês, também foi eliminada a quarentena imposta a todas as pessoas que entram no país, além do toque de recolher noturno e do fechamento de restaurantes e locais públicos.
A nova variante representa um "risco muito alto" em todo o mundo, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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