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Condenado pela morte de George Floyd cogita mudar declaração de inocência

Ex-policial Derek Chauvin, 45, foi condenado a 22 anos e meio de prisão por matar George Floyd - Prisão do Condado de Hennepin/AFP
Ex-policial Derek Chauvin, 45, foi condenado a 22 anos e meio de prisão por matar George Floyd Imagem: Prisão do Condado de Hennepin/AFP

13/12/2021 21h45Atualizada em 13/12/2021 22h02

Derek Chauvin, o ex-policial de Minneapolis condenado pelo assassinato de George Floyd, está considerando mudar sua declaração de inocência para enfrentar as acusações civis, de acordo com registros do tribunal divulgados nesta segunda-feira (13).

Chauvin, de 45 anos, condenado em junho a 22 anos e meio de prisão, pode mudar sua declaração na quarta-feira em uma audiência ao enfrentar acusações federais por "violação dos direitos constitucionais" de Floyd, o homem negro de 46 anos que foi asfixiado pelo agente durante uma prisão.

O ex-policial tem a possibilidade de iniciar uma negociação para evitar um novo julgamento, segundo uma notificação registrada nesta segunda em seu processo judicial.

Não foi especificado se Chauvin pretende se declarar culpado ou se optará por um meio-termo que consiste em aceitar uma condenação sem reconhecer formalmente sua culpa.

A morte de Floyd gerou uma onda de protestos em nível mundial contra a injustiça racial e a brutalidade policial. Chauvin, um homem branco, foi filmado pressionando o pescoço de Floyd com seu joelho por quase 10 minutos, até que a vítima ficou inconsciente e morreu.

Os oficiais Alexander Kueng e Thomas Lane ajudaram a conter Floyd algemado, enquanto Tou Thao mantinha afastados os transeuntes que pediam aos policiais que deixassem Floyd, que dizia que não conseguia respirar.

Chauvin e os outros três agentes presentes no episódio foram acusados de violar os direitos constitucionais da vítima, assim como de não terem chamado serviços médicos de emergência. Todos os quatro se declararam não culpados das acusações federais e seu julgamento está marcado para o próximo ano.