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Feminista afegã é libertada após desaparecer ao participar de protesto contra os talibãs

28 de dezembro de 2021 - Mulheres fazem ato para exigir direitos e protestar contra assassinatos em Cabul, no Afeganistão - Mohd Rasfan/AFP
28 de dezembro de 2021 - Mulheres fazem ato para exigir direitos e protestar contra assassinatos em Cabul, no Afeganistão Imagem: Mohd Rasfan/AFP

11/02/2022 21h41Atualizada em 11/02/2022 22h02

Cabul, 12 Fev 2022 (AFP) - Uma mulher afegã, que havia desaparecido após participar de um protesto contra os talibãs, foi detida durante várias semanas por dirigentes islamitas do Afeganistão antes de ser libertada nesta sexta-feira (11), informaram uma familiar e uma ativista.

Parwana Ibrahimkhel e outra companheira, Tamana Zaryabi Paryani, tinham desaparecido em 19 de janeiro, dias depois de participarem de uma marcha em Cabul pelo direito das mulheres a trabalhar e estudar.

Os talibãs negaram mantê-las detidas, mas nesta sexta um familiar próximo a Ibrahimkhel disse à AFP que ela tinha sido libertada após semanas retida pelo movimento fundamentalista.

"Contatei familiares próximos de Parwana. Foi libertada hoje e está bem", confirmou a ativista Hoda Khamosh à AFP, sem revelar quem tinha sido o responsável pela detenção.

O destino de Paryani e de quatro familiares destas mulheres que também desapareceram é desconhecido.

Os talibãs dizem desconhecer seu paradeiro e que estão investigando o caso.

Recentemente, a Missão de Assistência da ONU no Afeganistão denunciou o desaparecimento de outras duas mulheres ativistas: Zahra Mohammadi e Mursal Ayar.

Embora tenham prometido um regime menos brutal ao seu primeiro mandato, entre 1996 e 2001, os talibãs cortaram direitos das mulheres, vetando-as no exercício de vários setores de trabalho e fechando as escolas de ensino médio para as meninas.