'Estamos prontos para defender nosso país da Rússia', diz governo ucraniano
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou hoje que o país está "pronto para tomar medidas decisivas" em resposta às ameaças de invasão da Rússia.
A declaração ocorreu após reunião com o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken —e um dia antes da esperada reunião entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e seu homólogo russo, Vladimir Putin.
"Em ligação, o secretário e eu discutimos o combate conjunto às ameaças russas. Além da ajuda militar, os EUA estão prontos para fornecer maior apoio à economia da Ucrânia. A Rússia não deve ter dúvidas: a Ucrânia e seus parceiros estão prontos para ações decisivas para proteger nosso país", afirmou Kuleba.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia voltou a dizer que o país não tem planos de invadir o território vizinho e acusou os países Ocidentais, como os EUA, e a mídia de promover mentiras sobre suposta iminência de uma invasão russa na Ucrânia.
"No fim de 2021 e início de 2022, o espaço de informação global enfrentou campanha de mídia sem precedentes em escala e sofisticação, cujo objetivo é convencer a comunidade mundial de que a Rússia prepara uma invasão do território da Ucrânia ", disse o governo russo em comunicado.
Não é a primeira vez que o governo russo afirma que o Ocidente tem trabalhado para "agravar" o conflito na Ucrânia.
O conselheiro de segurança nacional do presidente Biden, Jack Sullivan, alertou hoje que um ataque russo à Ucrânia pode começar a qualquer momento, começando com bombardeios aéreos e ataques com mísseis. Ele aconselhou todos os norte-americanos a deixarem o país europeu.
'Ameaça iminente'
Em comunicado divulgado no fim do ano passado, os EUA alertaram os cidadãos do país para que não façam viagens à Ucrânia devido à intensa movimentação de militares da Rússia na fronteira com o país do leste europeu.
"Os cidadãos norte-americanos devem estar cientes de relatos de que a Rússia planeja ação militar significativa contra a Ucrânia. Cidadãos norte-americanos também são lembrados de que as condições de segurança, particularmente ao longo das fronteiras da Ucrânia, na Crimeia ocupada pela Rússia e no leste da Ucrânia controlado pela Rússia, são imprevisíveis e podem se deteriorar rapidamente", disse o Departamento de Estado.
O aviso ocorreu num momento em que a Rússia começava a movimentar soldados ao longo das fronteiras da Ucrânia —o que, segundo as autoridades norte-americanas, poderia indicar que Putin estivesse se preparando para uma invasão, sete anos depois de anexar a Crimeia.
Bolsonaro vai à Rússia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarca na segunda-feira (14) a Moscou, onde deve se encontrar com Putin, em meio à tensão com a Ucrânia. Apoiadores do presidente no Brasil e interlocutores na Ucrânia esperam que ele leve uma mensagem de paz em sua visita.
No governo, a expectativa é que Bolsonaro mantenha a neutralidade em seu encontro no Kremlin (sede do governo russo).
A visita de Bolsonaro à Rússia foi negociada no fim do ano passado. O Itamaraty deverá tentar passar a imagem de um encontro de interesses bilaterais, citando por exemplo a importância do agrotóxico russo para a agricultura brasileira.
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