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China pode se aproveitar da crise na Ucrânia, adverte general dos EUA

28.jun.2021 - O presidente russo, Vladimir Putin, realiza uma reunião por videoconferência com o presidente chinês Xi Jinping no Kremlin, em Moscou - Alexei Nikolsky/Sputnik/AFP
28.jun.2021 - O presidente russo, Vladimir Putin, realiza uma reunião por videoconferência com o presidente chinês Xi Jinping no Kremlin, em Moscou Imagem: Alexei Nikolsky/Sputnik/AFP

Da AFP

16/02/2022 06h44Atualizada em 16/02/2022 07h47

A China pode se aproveitar da crise na Ucrânia para fazer algo "provocativo" na Ásia, enquanto as potências ocidentais se concentram em aliviar as tensões com a Rússia — alertou um general americano nesta quarta-feira (16).

O chefe da Força Aérea americana no Pacífico, general Kenneth Wilsbach, lembrou que a China se alinhou com a Rússia na crise, levantando dúvidas sobre suas intenções na Ásia.

"Do ponto de vista de se a China olha para o que acontece na Europa e (...) tenta fazer algo aqui na região da Ásia-Pacífico, absolutamente sim, isso é uma preocupação", declarou Wilsbach.

"Estou preocupado que queiram tirar proveito", acrescentou o militar ao falar com jornalistas durante a Feira Aérea de Singapura.

O envio de mais de 100 mil soldados russos para a fronteira ucraniana provocou temores em Washington e em outras capitais ocidentais de uma possível invasão.

"Não me surpreenderia se tentassem algo que possa ser provocativo para ver como a comunidade internacional reage", acrescentou.

Wilsbach disse que, quando Pequim apoiou a Rússia na crise ucraniana, ele conversou com sua equipe e com representantes de outras "entidades" regionais sobre as consequências dessa posição.

Há anos, Pequim é acusada de provocar tensões na região, ao tomar ilhas e atóis importantes no Mar da China Meridional. A China reivindica soberania sobre quase todo esse mar, incluindo partes reivindicadas por Taiwan, Brunei, Malásia, Filipinas e Vietnã.

Os Estados Unidos e outros países ocidentais temem que o controle chinês afete a livre-navegação nessa via estratégica.

Segundo Wilsbach, quando a China vê uma crise, pergunta "se é uma oportunidade de ganhar algo".

Ele não detalhou o que a China poderia fazer sobre a crise na Ucrânia, mas disse que teria "provavelmente inúmeras opções".