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Presidente de Taiwan diz que país enfrenta ameaças similares às da Ucrânia

Países democráticos não podem "fechar os olhos para a agressão militar", pediu a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen - Ann Wang/Reuters
Países democráticos não podem 'fechar os olhos para a agressão militar', pediu a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen Imagem: Ann Wang/Reuters

Em Taipé (Taiwan)

02/03/2022 10h19Atualizada em 02/03/2022 10h21

Os países democráticos não podem "fechar os olhos para a agressão militar", declarou a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, hoje, advertindo que a ilha enfrenta ameaças similares às enfrentadas pela Ucrânia.

"O compromisso do povo ucraniano com a proteção de sua liberdade e democracia, e sua corajosa dedicação à defesa de seu país, encontraram profunda empatia no povo de Taiwan, porque nós também estamos na linha de frente da batalha pela democracia", frisou Tsai.

"A história nos ensina que, se fecharmos os olhos para a agressão militar, agravamos a ameaça contra nós mesmos", disse a presidente Tsai Ing-wen. A fala foi feita em reunião com uma delegação de ex-oficiais militares americanos.

Liderada pelo ex-chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Michael Mullen, a delegação chegou a Taiwan ontem, em um momento de tensões entre Washington e Pequim sobre a ilha, assim como de crise pela invasão da Rússia à Ucrânia.

Taiwan acompanha de perto a situação na Ucrânia, diante da ameaça constamte de sofrer uma invasão por parte da China. Pequim reivindica soberania sobre a ilha e prometeu tomá-la, mesmo à força.

A presidente alertou sobre a crescente ameaça militar de Pequim contra Taiwan, afirmando que a China chegou a "usar táticas de guerra cognitiva e desinformação para dividir a sociedade taiwanesa".

Desde a eleição de Tsai, em 2016, Pequim intensificou a pressão sobre Taiwan. No ano passado, a China aumentou as ameaças, com aviões militares fazendo incursões quase diárias à zona de defesa aérea taiwanesa.