Parlamento Europeu pede um embargo imediato sobre o gás, petróleo e carvão russos
O Parlamento Europeu reclamou em uma resolução adotada nesta quinta-feira (7) a imposição de um embargo "total e imediato" às importações de "petróleo, de carvão, de combustível nuclear e gás" da Rússia.
A resolução foi votada por 513 deputados (22 votos contra, 19 abstenções).
"Este é um momento muito importante e um passo significativo. A posição do Parlamento é clara e envia as mais fortes mensagens de apoio aos que estão na linha da frente", comentou a presidente da instituição, Roberta Metsola, após a votação desta resolução não vinculativa.
A Comissão Europeia propôs na terça-feira aos 27 países membros aumentar as sanções suspendendo as compras de carvão russo, que representam 45% das importações totais de carvão da UE, e fechando os portos europeus aos navios russos em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
As modalidades deste 5º conjunto de sanções estão sendo atualmente discutidas entre os representantes dos Estados-membros do bloco europeu.
Agora, o Parlamento exige ir mais longe, mas um eventual embargo ao petróleo russo (25% do total das importações europeias de petróleo) e ao gás russo (45% do total) é objeto de discussões acirradas entre os Estados-membros, tendo Berlim manifestado publicamente sua relutância.
O assunto será discutido na segunda-feira na reunião dos ministros europeus das Relações Exteriores.
Com esta resolução, os eurodeputados pedem também "a intensificação das entregas de armas à Ucrânia", o que Dmytro Kouleba, ministro das Relações Exteriores ucraniano, voltou a exigir nesta quinta durante um deslocamento à sede da Otan em Bruxelas.
Até agora, os 27 concordaram com um pacote de um bilhão de euros para fornecer armamentos a Kiev. "Pode parecer muito, mas um bilhão de euros é o que pagamos a Putin todos os dias pela energia que ele nos fornece", ressaltou Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, na quarta-feira.
O Parlamento também convidou a UE a cortar o acesso dos bancos russos ao sistema financeiro internacional Swift (7 estabelecimentos estão atualmente privados de acesso) e a proibir o transporte rodoviário e marítimo de mercadorias para a Rússia.
Exigiu igualmente que "todas as medidas necessárias" sejam tomadas para que "os atos de Vladimir Putin e Alexander Lukashenko", o presidente bielorrusso, "sejam processados como crimes de guerra e crimes contra a humanidade".
Os eurodeputados também se manifestaram a favor da criação de um "fundo semelhante ao Plano Marshall" para reconstruir a Ucrânia após a guerra.
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