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EUA descartam convidar Cuba, Nicarágua e Venezuela para Cúpula das Américas

Presidente dos EUA, Joe Biden - Scott Olson/Getty Images
Presidente dos EUA, Joe Biden Imagem: Scott Olson/Getty Images

02/05/2022 21h00Atualizada em 02/05/2022 21h20

Washington, 2 Maio 2022 (AFP) - Os Estados Unidos não vão convidar Cuba, Nicarágua e Venezuela à Cúpula das Américas de junho, afirmou, nesta segunda-feira (2), o responsável do Departamento de Estado para a região, Brian Nichols.

"Em um momento-chave em nosso hemisfério, um momento em que estamos enfrentando muitos desafios para a democracia e os países [...] Cuba, Nicarágua e o regime de [Nicolás] Maduro não respeitam a Carta Democrática das Américas e, por isso, não espero sua presença", declarou Nichols, em entrevista à emissora NTN24.

À pergunta de se Washington convidaria o governo cubano, que compareceu à cúpula de 2015 no Panamá, Nichols respondeu: "Não". "É uma decisão do presidente [Joe Biden], mas acredito que ele foi bem claro que [...] os países que, por suas ações, não respeitem a democracia, não vão receber convites", acrescentou.

Na semana passada, Cuba denunciou que os Estados Unidos a haviam excluído dos preparativos para a cúpula e qualificou esse ato de "retrocesso histórico" do governo de Biden.

Os três países já figuram na lista dos excluídos na região para a Cúpula pela Democracia que foi realizada em dezembro, em Washington, junto com Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala e Haiti.

As relações entre Estados Unidos e Cuba pioraram ainda mais desde o que Washington chama de "onda de opressão" após os protestos de julho de 2021 na ilha, que terminaram com uma morte, dezenas de feridos e 1.395 detidos, segundo a última contagem da ONG com sede em Miami, Cubalex.

Cuba culpa os Estados Unidos de estar por trás desses protestos, os maiores desde o triunfo da revolução em 1959.

Por outro lado, o governo Biden não reconhece os presidentes de Nicarágua, Daniel Ortega, e Venezuela, Nicolás Maduro, por considerar que foram eleitos em pleitos não democráticos.

Os Estados Unidos e dezenas de países consideram Juan Guaidó presidente interino da Venezuela desde a reeleição do mandatário socialista em 2018.