Zelensky condiciona neutralidade da Ucrânia à libertação de todo o território
Cairo, 2 mai (EFE).- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condicionou a neutralidade que a Rússia exige de seu país à libertação de todo o seu território, incluindo a região do Donbas e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
Em entrevista transmitida nesta segunda-feira pela emissora de televisão saudita "Al Arabiya", Zelensky afirmou que "os russos insistem na neutralidade e para nós o mais importante é a libertação do Donbas e de todos os territórios temporariamente ocupados, bem como da península da Crimeia".
Zelensky acusou novamente a Rússia, que exige que a Ucrânia se comprometa a não aderir à Otan e permanecer neutra, de tentar dividir seu país por meio de um referendo nos territórios ocupados sobre sua independência como o realizado na Crimeia, em 2014, quando esse território foi anexado.
Além da libertação de toda a Ucrânia, o presidente ressaltou que, para aceitar a neutralidade solicitada por Moscou, exige "garantias de segurança para não serem alvo de ataques semelhantes no futuro, e outras de armamentos no caso de enfrentarem uma guerra como a atual."
Em todo caso, reiterou que qualquer decisão a esse respeito será submetida a "um referendo no qual participarão todas as pessoas".
Sobre o andamento das negociações, Zelensky reclamou que "os negociadores russos não têm capacidade de tomar decisões e a última palavra será sempre do (presidente russo, Vladimir) Putin", razão pela qual voltou a pedir um diálogo direto entre os dois presidentes.
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