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Contrário à Suécia na Otan, presidente turco cobra devolução de terroristas

Bandeiras de países membros da Otan em frente à sede da organização em Bruxelas, na Bélgica - Francois Lenoir/Reuters
Bandeiras de países membros da Otan em frente à sede da organização em Bruxelas, na Bélgica
Imagem: Francois Lenoir/Reuters

Da AFP, em Ancara (Turquia)

18/05/2022 09h04Atualizada em 18/05/2022 10h18

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje respeito e apoio de seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por sua posição contrária ao ingresso de Finlândia e Suécia nesta organização militar.

O presidente turco acusa os dois países nórdicos de acolherem em seu território membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), considerado uma organização terrorista por Ancara, Estados Unidos e União Europeia.

Pedimos à Suécia que extraditasse 30 terroristas e se negaram a fazer isso.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia

"Não enviam os terroristas e depois pedem nosso apoio para entrar na Otan (...) Não podemos dizer 'sim'", insistiu o presidente, lamentando que seus aliados "nunca tenham respeitado essas preocupações".

"Nossa única expectativa em relação aos nossos aliados da Otan é (...) primeiro entender nossa sensibilidade, respeitá-la e, finalmente, apoiá-la", declarou Erdogan aos deputados de seu partido.

Suécia e Finlândia apresentaram nesta quarta sua candidatura conjunta para ingressar na Otan. Sua aprovação requer o apoio unânime dos 30 países-membros, incluindo a Turquia.

Desde sexta-feira (13), Erdogan vem demonstrando, reiteradamente, sua oposição, apesar das mensagens apaziguadoras enviadas por seu entorno.

Enviados suecos e finlandeses devem visitar Ancara na segunda-feira (23).

"Não deveriam se incomodar, não há necessidade", disse Erdogan hoje, bruscamente.