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Censo de 2022 estima população argentina em mais de 47 milhões

19/05/2022 22h42

Buenos Aires, 20 Mai 2022 (AFP) - A população da Argentina é composta de 47.327.407 pessoas, segundo os resultados provisórios do Censo, divulgados nesta quinta-feira (19) pelo instituto nacional de estatísticas (Indec).

O Censo anterior, realizado em 2010, registrou uma população de 40,1 milhões de pessoas.

O Censo Nacional da População, Lares e Moradias de 2022, realizado na quarta-feira, reportou o seguinte: "Homens/Masculino: 47,05%" e "Mulheres/Feminino: 52,83%".

Quanto ao gênero, a terceira opção foi "Nenhum dos anteriores: 0,12%". Neste item, pela primeira vez, foi incluída uma pergunta sobre identidade de gênero, com as opções "mulher, mulher trans, travesti, homem, homem trans, masculinidade trans, não binário, outra identidade".

"O percentual de completude do Censo digital foi de 50,32%", informou a entidade oficial. O restante foi obtido na operação de campo de mais de 600.000 recenseadores.

Os dados ainda estarão em processo de análise e o resultado final será divulgado em alguns meses, esclareceu o Indec.

- Novidades -Mudanças nas perguntas sobre a origem étnica e o gênero autopercebido, bem como a pesquisa digital foram as novidades do Censo 2022 realizado na quarta-feira no país, em uma operação de que participaram cerca de 650.000 pessoas em todo o país.

O censo, realizado a cada dez anos, e que deveria ter sido feito em 2020, mas foi adiado pela pandemia de covid-19, permitirá conhecer o aumento da população e as condições de moradia dos argentinos.

"Encerramos a operação, os dados já estão sendo carregados. Foi uma operação muito normal, não tivemos grandes inconvenientes. Estamos muito contentes. Foram 17 milhões de casas, 650.000 recenseadores na rua", disse Marcos Lavagna, diretor do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), passadas as 18h locais de quarta-feira.

Os recenseadores percorreram as moradias em todo o país para realizar entrevistas presenciais ou recuperar um código a quel optaram pelo censo digital.

Cerca de 23,8 milhões de pessoas, pouco mais de 50% da população, usou o sistema digital, que pela primeira vez foi usado em um censo na Argentina.

As pessoas responderam perguntas sobre condições da moradia e acesso a serviços, situação profissional, cobertura de saúde, nível educacional, entre outros pontos.

Em relação à origem étnica, perguntou-se se os recenseados têm "descendência de povos indígenas", uma pergunta que já tinha sido incorporada em 2010, mas era restrita a algumas regiões do país.

Incluiu, ainda, a possibilidade de informar de qual povo originário é descendente e se fala essa língua, em um país que busca agora reconhecer sua origem indígena e as comunidades dizimadas no passado e muitas vezes negadas.

Também perguntou-se se o indivíduo se reconhece como afrodescendente.

"O censo é a foto exata de quem somos. Não podemos planejar para onde queremos ir como país se não sabemos o que somos, se não podemos nos reconhecer em nossas diversidades culturais, étnicas, socioeconômicas ou sociodemográficas e o censo nos dá essa informação", destacou Lavagna.

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