Audiências sobre ataque ao Capitólio dos EUA serão pausadas em meio às novas evidências
O comitê do Congresso que investiga o ataque do ano passado ao Capitólio dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (22) que fará uma pausa em suas audiências, depois de receber uma grande quantidade de material em vídeo sobre Donald Trump e sua família de um documentarista.
O presidente do comitê, Bennie Thompson, disse a repórteres que a audiência desta quinta-feira, sobre as supostas tentativas de Trump de corromper o Departamento de Justiça, será a última até que seja retomada no "final de julho".
"O cronograma das audiências é e continua sendo determinado pela investigação. O comitê seleto continua recebendo novas provas relevantes que achamos que serão muito importantes para a investigação", declarou um assessor do painel.
As novas evidências incluem documentos do Arquivo Nacional e várias novas pistas que chegaram via uma linha de denúncia desde que as audiências televisionadas começaram em junho.
O material mais valioso seria uma compilação de horas de gravações em vídeo do documentarista Alex Holder, que teve amplo acesso a Trump e seu círculo íntimo, incluindo os filhos e o vice-presidente Mike Pence, a partir de setembro de 2020 e antes e durante os eventos de 6 de janeiro.
Quando os legisladores retornarem de um recesso de duas semanas na segunda semana de julho, eles devem dedicar as audiências restantes à questão da radicalização dos extremistas que invadiram o Capitólio, bem como à cultura da violência política na extrema direita.
Em um sinal da tensão política em torno das audiências, o The New York Times relatou um aumento nas ameaças violentas contra o painel de nove membros.
Alguns que foram assediados incluem Adam Kinzinger, um dos dois republicanos do comitê, cuja esposa recebeu uma ameaça de morte contra ela e sua filha de cinco meses.
Liz Cheney, vice-presidente do painel, teve que suspender grandes eventos públicos em parte devido a preocupações relacionadas à sua segurança.
Esses desdobramentos ocorrem depois que autoridades do Arizona e da Geórgia testemunharam na terça-feira na quarta audiência pública, onde descreveram os esforços de Trump para se agarrar ao poder, o que envolveu intimidação de autoridades locais e funcionários eleitorais. Além disso, eles acusaram o ex-presidente de difamação e de publicar seus dados pessoais.
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