Justiça espanhola admite processo contra fabricante do Pegasus por espionar separatistas catalães
Barcelona, 7 Jul 2022 (AFP) - Uma juíza espanhola autorizou uma investigação sobre a empresa israelense que criou o spyware Pegasus para espionar separatistas catalães, admitindo a ação movida por um dos advogados de vários separatistas, também espionado, segundo o relatório que desvendou o escândalo.
A juíza de Instrução do Tribunal 24 de Barcelona concordou em investigar a empresa israelense NSO Group Technologies Limited para descobrir se cometeu algum crime "na criação e fornecimento do programa Pegasus a terceiros" ou se realizou "ações ou omissões" que pudessem "ser capazes de contribuir voluntária e conscientemente na verificação, acesso e extração das informações alegadas pelo denunciante".
Esta é a primeira investigação aberta por um juiz espanhol à NSO sobre a alegada espionagem de dezenas de separatistas catalães descoberta em meados de abril pela organização canadense Citizen Lab, segundo o denunciante Andreu Van den Eynde, advogado de vários políticos separatistas de alto perfil.
O nome de Van den Eynde estava entre as mais de 60 pessoas na órbita separatista cujos telefones foram invadidos entre 2017 e 2020 com o Pegasus, segundo o relatório do Citizen Lab que descobriu o escândalo.
Vários deles já apresentaram suas queixas, mas ainda aguardam a decisão da Justiça. Pere Aragonès, atual presidente desta dinâmica região do nordeste da Espanha, apresentou o seu na quarta-feira também contra o NSO e contra a ex-diretora dos serviços secretos espanhóis.
Aragonès é um dos 18 separatistas que os serviços secretos reconheceram ter monitorado com autorização judicial, de acordo com a declaração feita por sua ex-diretora - demitida após o escândalo - Paz Esteban perante uma comissão parlamentar em maio.
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