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Obras na Polônia descobrem vala comum com corpos de 8 mil vítimas do nazismo

Desde a invasão da Polônia, em setembro de 1939, o campo de Soldau serviu como local de trânsito, internação e extermínio de opositores políticos, membros das elites polonesas e judeus - JANEK SKARZYNSKI / AFP
Desde a invasão da Polônia, em setembro de 1939, o campo de Soldau serviu como local de trânsito, internação e extermínio de opositores políticos, membros das elites polonesas e judeus Imagem: JANEK SKARZYNSKI / AFP

13/07/2022 17h27

Cerca de 17,5 toneladas de cinzas humanas foram descobertas e exumadas perto de um antigo campo de concentração nazista na Polônia, anunciou nesta quarta-feira (13) o Instituto da Memória Nacional (IPN), que faz investigações sobre os crimes nazistas e comunistas.

Os restos foram exumados em Ilowo Osada, no bosque Bialucki, perto do antigo campo de concentração de Dzialdowo (Soldau, em alemão, 150 km ao norte de Varsóvia), construído durante a ocupação da Polônia pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Desde a invasão da Polônia, em setembro de 1939, o campo de Soldau serviu como local de trânsito, internação e extermínio de opositores políticos, membros das elites polonesas e judeus.

Alguns cálculos indicam que 30.000 presos morreram em Soldau, mas até agora as fontes históricas não permitem certificá-lo.

A descoberta deste local "permite afirmar que pelo menos 8.000 pessoas morreram aqui", informou Tomasz Jankowski, procurador do IPN.

Este número é calculado pelo peso dos restos. Dois quilos de cinzas correspondem, aproximadamente, a um corpo.

"As vítimas enterradas nessa fossa provavelmente foram assassinadas por volta de 1939 e pertenciam, em sua maioria, às elites polonesas", segundo Jankowski.

Em 1944, ordenou-se que presos judeus exumassem os corpos e os incinerassem para apagar as marcas dos crimes de guerra nazistas.