Ex-prefeito Yevgueni Roizman é preso na Rússia após criticar guerra na Ucrânia
O opositor russo Yevgueni Roizman, ex-prefeito de Ekaterimburgo, nos Urais, uma das últimas figuras da oposição ainda em liberdade, foi preso nesta quarta-feira (24) acusado de "desacreditar" o exército, informaram as agências de notícias russas.
Roizman, de 59 anos, "foi detido no início da manhã" em seu domicílio de Ekaterimburgo, informou a agência oficial TASS, citando um funcionário das forças de segurança locais.
"Foi aberta uma investigação contra ele por desacreditar o exército russo", um crime punido com até 10 anos de prisão, disse a mesma fonte.
Cerca de dez policiais chegaram à casa do opositor pela manhã, segundo um vídeo publicado pelo canal Mash no Telegram.
A polícia impediu o advogado de Roizman, Vladislav Idamjapov, de entrar na casa de seu cliente, onde acontecia uma operação de busca, informou a TASS.
"Isso é uma violação do direito à defesa", disse Idamjapov, citado pela TASS.
Roizman declarou aos jornalistas, da janela de sua casa, que a investigação por "desacreditar" o exército começou em Moscou.
Portanto Roizman, prefeito de Ekaterimburgo de 2013 a 2018, poderia ser transferido para Moscou.
A investigação foi aberta depois que Roizman publicou em seu canal do YouTube um vídeo que denunciava a ofensiva russa na Ucrânia, indicou uma fonte policial citada pela TASS.
Até agora, Roizman foi multado três vezes por se opor à ofensiva na Ucrânia.
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