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55 militares retornam à Rússia após troca de prisioneiros com a Ucrânia

Zelensky e Putin - Reprodução
Zelensky e Putin Imagem: Reprodução

22/09/2022 06h08

Cinquenta e cinco militares russos retornaram ao país depois da maior troca de prisioneiros com a Ucrânia desde o início da ofensiva na ex-república soviética, anunciou o ministério da Defesa da Rússia.

"Todos os militares chegaram ao território da Federação da Rússia em aviões militares e foram levados para estabelecimentos médicos do ministério", afirma um comunicado do governo.

Um dos líderes separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia confirmou nesta quinta-feira que um ex-deputado ucraniano próximo do presidente russo, Vladimir Putin, foi liberado na troca de prisioneiros entre Kiev e Moscou.

"Viktor Medvedchuk foi liberado", declarou Denis Pushilin à agência de notícias russa Ria Novosti. 

Medvedchuk foi detido em meados de abril pelo serviço especial ucraniano. O ex-deputado foi acusado de alta traição.

Os militares russos envolvidos na troca "conseguiram entrar em contato com seus parentes", afirmou o ministério russo, antes de indicar que os libertados recebem a "assistência psicológica e médica necessária".

Na quarta-feira, o governo ucraniano anunciou uma grande troca de prisioneiros com Moscou, que envolveu 215 prisioneiros militares ucranianos, incluindo comandantes da defesa da usina siderúrgica Azovstal de Mariupol. 

Nesta quinta-feira, o exército russo voltou a acusar o governo ucraniano de "continuar com suas provocações para criar uma ameaça de catástrofe [...] na central nuclear de Zaporizhzhia", a maior da Europa.

"Na quarta-feira, a artilharia ucraniana disparou 13 obuses contra a cidade de Energodar (onde fica a central) e o terreno anexo à usina nuclear de Zaporizhzhia", afirmou o ministério russo da Defesa no comunicado.

De acordo com o ministério, "a situação radiológica" no local é "normal".

Rússia e Ucrânia trocam acusações há vários meses sobre ataques à central de Zaporizhzhia e seus arredores.

bur/pz/jvb/zm/fp

© Agence France-Presse