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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia e Ucrânia anunciam troca de quase 300 prisioneiros de guerra

Viktor Medvedchuk, líder de um partido pró-Rússia banido que enfrentava acusações de traição. - AFP PHOTO / SECURITY SERVICE OF UKRAINE
Viktor Medvedchuk, líder de um partido pró-Rússia banido que enfrentava acusações de traição. Imagem: AFP PHOTO / SECURITY SERVICE OF UKRAINE

Valentyn Ogirenko e Aziz El Yaakoubi

Da Reuters

21/09/2022 21h46Atualizada em 21/09/2022 22h18

Rússia e Ucrânia realizaram uma inesperada troca de prisioneiros nesta quarta-feira, a maior desde o início da guerra, envolvendo quase 300 pessoas, incluindo 10 estrangeiros e os comandantes que lideraram a longa campanha de defesa ucraniana na cidade de Mariupol no início deste ano.

Os estrangeiros libertados incluem dois britânicos e um marroquino que haviam sido condenados à morte em junho depois de serem capturados lutando pela Ucrânia. Também foram libertados outros três britânicos, dois norte-americanos, um croata e um sueco.

O momento e a magnitude da troca foram uma surpresa, já que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma mobilização parcial de tropas no início do dia, em uma aparente escalada do conflito que começou em fevereiro. Separatistas pró-Rússia também disseram no mês passado que os comandantes de Mariupol iriam a julgamento.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a troca — que envolveu a ajuda da Turquia e da Arábia Saudita — estava em preparação há muito tempo e envolveu intensa negociação. Sob os termos do acordo, 215 ucranianos —a maioria dos quais capturados após a queda de Mariupol — foram libertados.

Em troca, a Ucrânia enviou de volta 55 russos e ucranianos pró-Moscou, além de Viktor Medvedchuk, líder de um partido pró-Rússia banido que enfrentava acusações de traição.

"Esta é claramente uma vitória para nosso país, para toda a nossa sociedade. E o principal é que 215 famílias podem ver seus entes queridos seguros e em casa", disse Zelenskiy em um discurso em vídeo.