EUA enviarão foguetes de maior alcance à Ucrânia
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (3) uma nova ajuda militar, de quase 2,2 bilhões de dólares, à Ucrânia, que inclui artefatos disparados a partir do solo, que poderiam dobrar o alcance da força de ataque ucraniana contra os russos.
Tratam-se das Bombas de Pequeno Tamanho Lançadas do Solo (GLSDB, na sigla em inglês), mísseis de pequeno diâmetro fabricados por Boeing e Saab, que podem voar por até 150 km e, por isso, ameaçar as posições russas.
"Isto oferece uma capacidade de maior alcance [...] que permitirá [aos ucranianos] realizar operações em defesa de seu país e recuperar seu território soberano", afirmou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu a seu par americano, Joe Biden, após o anúncio. "Quanto maior for o alcance de nossas armas e mais móveis forem as nossas tropas, mais cedo irá terminar a agressão brutal da Rússia", tuitou.
A Ucrânia pedia aos Estados Unidos munições que pudessem voar mais longe que os foguetes Himars, que têm alcance de 80 km.
As GLSDB proporcionam à Ucrânia a capacidade de atacar posições na região do Donbass, nas províncias de Zaporizhzhia e Kherson, e no norte da Crimeia. Isso poderia representar uma ameaça às principais linhas de abastecimento russas, aos depósitos de armas e às bases aéreas.
A ajuda de quase 2,2 bilhões de dólares inclui "capacidades de defesa aérea cruciais para ajudar a Ucrânia a defender sua população", "veículos de infantaria blindados" e munições para o sistema de lançamento de foguetes Himars, informou o Pentágono.
Desde o começo da invasão russa no fim de fevereiro de 2022, as autoridades americanas destinaram mais de 29,3 bilhões de dólares para ajudar militarmente a Ucrânia, segundo o Pentágono.
"Os Estados Unidos continuarão trabalhando com seus aliados e parceiros para proporcionar à Ucrânia a capacidade de responder às necessidades imediatas no campo de batalha e às de segurança no mais longo prazo", assinalou o Pentágono, que não informou sobre o prazo de entrega. Um porta-voz da Boeing tampouco quis dar informações.
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