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China planeja produzir drones explosivos para a Rússia

Um drone desenvolvido por membros das Forças de Defesa Territoriais da Ucrânia para lançar coquetéis Molotov é retratado, enquanto a invasão da Ucrânia pela Rússia continua, em Kiev, Ucrânia 10 de março de 2022 - Reuters/Mykola Tymchenko
Um drone desenvolvido por membros das Forças de Defesa Territoriais da Ucrânia para lançar coquetéis Molotov é retratado, enquanto a invasão da Ucrânia pela Rússia continua, em Kiev, Ucrânia 10 de março de 2022 Imagem: Reuters/Mykola Tymchenko

24/02/2023 07h45

A China planeja iniciar a produção em larga escala de drones de ataque para o Exército russo para possível uso na Ucrânia, afirma a revista alemã Der Spiegel nesta sexta-feira (24). 

A fabricante chinesa de drones Xi'an Bingo Intelligent Aviation Technology e oficiais militares russos mantiveram negociações sobre o assunto, disse o veículo, sem citar fontes. 

Bingo teria se mostrado disposta a produzir inicialmente 100 drones do tipo ZT-180, testá-los e entregá-los ao Ministério da Defesa da Rússia em abril.

Esse modelo é semelhante ao Shahed 136 fabricado no Irã, segundo especialistas militares ouvidos pela revista, e pode transportar uma carga explosiva de 35 a 50 quilos. 

Em uma segunda fase, a Bingo proporia a transferência de componentes e habilidades técnicas para a Rússia, para que Moscou possa fabricar drones localmente, diz o Der Spiegel. Isso lhe permitiria produzir de forma autônoma até 100 aparelhos desse tipo por mês, calcula.

Já no ano passado, outra empresa chinesa sob o controle do exército planejava enviar peças de reposição para aviões de combate russos, em particular do tipo Su-27, alegando que eram para uso civil, segundo o jornal alemão.

Procurado pelo Der Spiegel, o Ministério das Relações Exteriores chinês negou o fornecimento de armas à Rússia, mas não respondeu à alegação específica sobre os drones.

O governo dos Estados Unidos acusou esta semana a China de considerar armar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. O país asiático respondeu que o maior fornecedor de armas era Washington. 

Até agora, a China não condenou a invasão e permaneceu neutra em uma votação da Assembleia Geral da ONU na quinta-feira sobre uma resolução que pede retirada da Rússia.

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© Agence France-Presse