Protestos no Senegal deixam um morto; opositor denuncia tentativa de assassinato
Uma pessoa morreu na segunda-feira no Senegal durante confrontos entre policiais e simpatizantes do líder opositor Ousmane Sonko, que afirmou ter sido vítima de uma tentativa de assassinato.
O início do processo por difamação contra Sonko, na quinta-feira da semana passada, provocou vários confrontos entre as forças de segurança e seus simpatizantes em diversas cidades do país.
Na segunda-feira (20), um jovem foi atingido por um tiro e morreu na cidade de Bignona, reduto de Sonko na região de Casamance (sul), informou Yankhoba Dieme, presidente de um conselho departamental local.
A informação foi confirmada à AFP por uma autoridade da região.
Sonko, que está em uma clínica de Dacar desde quinta-feira, repetiu que foi vítima de uma tentativa de assassinato durante sua transferência à força para o tribunal, quando inalou gás lacrimogêneo.
"Foi uma tentativa de assassinato", disse no hospital. "Enviamos para a França o produto (gás) que foi borrifado para ver o que era".
O político, um ferrenho opositor do presidente Macky Sall, disse que confia nos médicos senegaleses e prosseguirá com o atendimento no país. Sonko não pretende viajar para outro país.
Ele informou que deixará a clínica e continuará a recuperação em casa, depois que a polícia intimou funcionários da clínica para que expliquem a presença do opositor.
Sonko é acusado de difamação pelo ministro do Turismo, Mame Mbaye Niang. O julgamento foi adiado para 30 de março.
mrb/amt/prc/mas/dl/fp
© Agence France-Presse
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