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Audiência histórica em Nova York tem protestos contra e a favor de Trump

04/04/2023 14h54Atualizada em 04/04/2023 18h07

Dezenas de simpatizantes de Donald Trump se reuniram em frente a um tribunal no sul de Manhattan nesta terça-feira (4), onde o ex-presidente republicano será julgado por denúncias criminais, enquanto opositores o acusam de mentir e pedem sua prisão.

Membros da divisão de assuntos comunitários do Departamento de Polícia de Nova York estavam a postos no local enquanto apoiadores de Trump, muitos usando chapéus com o slogan "Make America Great Again" e roupas enfeitadas com a bandeira americana, gritavam insultos contra os opositores.

No entanto, a maior parte do entorno do tribunal foi ocupada por jornalistas, atentos diante da acusação inédita contra um ex-presidente dos Estados Unidos em audiência marcada para as 14h15 locais (15h15 no horário de Brasília).

Trump era esperado no local no início da tarde para procedimentos preliminares e depois, para enfrentar as acusações relacionadas a um suborno para comprar o silêncio, durante a campanha às eleições presidenciais de 2016, de uma atriz pornô que afirmava ter tido um relacionamento íntimo com ele.

Os manifestantes contrários a Trump desfilavam com uma grande faixa com a mensagem "Trump mente o tempo todo" e gritavam "Prendam-no!", enquanto apoiadores do republicano agitavam uma faixa estampada com as palavras "Trump ou Morte".

Manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente dos EUA Donald Trump exibem cartazes em Nova York - 4.abr.2023 - Shannon Stapleton/Reuters (esquerda) e Bryan R. Smith/AFP (direita) - 4.abr.2023 - Shannon Stapleton/Reuters (esquerda) e Bryan R. Smith/AFP (direita)
Manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente dos EUA Donald Trump exibem cartazes em Nova York
Imagem: 4.abr.2023 - Shannon Stapleton/Reuters (esquerda) e Bryan R. Smith/AFP (direita)

George Santos, um congressista republicano de Nova York acusado de mentir para chegar ao cargo, fez uma breve aparição no parque onde a deputada de extrema-direita Marjorie Taylor-Greene está realizando um comício pró-Trump.

A enfermeira aposentada Paulina Farr contou à AFP que viajou do subúrbio de Long Island até a cidade "(para) mostrar apoio ao nosso presidente Trump", disse.

Farr comentou que esteve presente na invasão do Capitólio —sede do Congresso do país— em Washington, em 6 de janeiro de 2021, ao lado de partidários de Trump. No entanto, chamou o protesto de terça-feira de "extremamente diferente" e prometeu seguir em frente.

"Sabemos a verdade. Não tenho medo", completou.

Aos 76 anos, Trump segue como um dos favoritos à indicação republicana para as eleições presidenciais de 2024, embora as acusações, ainda sigilosas, que serão divulgadas na terça-feira ameacem questionar sua viabilidade como candidato.

O empresário também está usando o caso para mobilizar sua base de apoio e arrecadar milhões de dólares para sua campanha eleitoral.

Durante as manifestações, um apoiador de Trump tentou rasgar uma bandeira do grupo opositor, situação em que a polícia precisou atuar.

"Fui atacada várias vezes", disse Laurie Biter. A mulher de 64 anos, que protestava contra o republicano, comemorou as acusações contra ele, mas acrescentou que "não é apenas uma acusação que é apresentada ao tribunal".

"É uma acusação que nós, como pessoas de bom senso, temos de apresentar", comentou.