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Autoridades ucranianas registram 35 desaparecidos pelas inundações

Homem tenta ajudar pessoas ilhadas em região alagada após rompimento de represa em Nova Kakhovka - REUTERS/Alexander Ermochenko
Homem tenta ajudar pessoas ilhadas em região alagada após rompimento de represa em Nova Kakhovka Imagem: REUTERS/Alexander Ermochenko

11/06/2023 13h03

As autoridades ucranianas informaram que 35 pessoas, incluindo sete crianças, estão desaparecidas pelas inundações provocadas pela destruição da represa de Kakhovka, o que o procurador-geral Andrii Kostin qualificou como "a pior catástrofe ambiental desde Chernobyl".

Localizada em uma zona controlada pela Rússia, a represa de Kakhovka foi destruída em 6 de junho, o que obrigou milhares de pessoas a fugirem de suas casas e desencadeou o temor de uma catástrofe humanitária e ambiental maior.

A Ucrânia acusa a Rússia de ter detonado explosivos neste reservatório localizado no rio Dnieper, mas Moscou afirma que foi Kiev quem atacou a estrutura com artilharia.

O ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, informou que há 35 desaparecidos, incluindo cinco crianças, na região de Kherson, no sul.

O funcionário indicou que as inundações deixaram cinco mortos em Kherson e uma vítima fatal em Mykolaiv.

Ao todo, 3.700 pessoas foram retiradas de suas casas, acrescentou o ministro, em um comunicado.

Em Kherson, que é a maior cidade próxima à barragem de Kakhovka, a água começou a baixar, e os habitantes começaram a voltar para suas casas para avaliar os danos, relatou um correspondente da AFP.

O procurador-geral da Ucrânia, Andrii Kostin, e representantes do Tribunal Penal Internacional (TPI) visitaram as áreas inundadas, informou seu escritório.

"Esta é a pior catástrofe ambiental desde Chernobyl, por isso, estamos investigando-a não apenas como um crime de guerra, mas também como um ecocídio", afirmou Kostin em uma nota, referindo-se ao acidente da central nuclear em 1986.