Venezuela chama de 'panfletário' relatório de missão da ONU sobre direitos humanos

O governo de Caracas qualificou como "panfletário" um relatório apresentado nesta segunda-feira (25) ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, por uma missão enviada à Venezuela, alertando que o governo venezuelano intensificou os "ataques" para "silenciar" a oposição.

"A Venezuela expressa mais uma vez seu repúdio categórico às insólitas acusações falsas e sem fundamento feitas pela mal chamada Missão Internacional Independente de Determinação dos Fatos, em um novo relatório panfletário", disse o chanceler Yván Gil em um comunicado.

Segundo a nota, o relatório faz parte de uma "estratégia" para "legitimar" as sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países contra a Venezuela, as quais chama de "criminosas e ilegais".

A missão, que investiga acusações de violações dos direitos humanos reportadas no país entre janeiro de 2020 e agosto de 2023, concluiu que tem "motivos razoáveis para acreditar que foram cometidos ao menos cinco privações arbitrárias da vida, 14 desaparecimentos forçados de curta duração e 58 detenções arbitrárias" nesse período.

Os especialistas registraram, ainda, 28 acusações de tortura e outros tratamentos cruéis contra detentos, incluindo 19 casos de violência sexual.

O governo venezuelano chamou os membros da missão de "mercenários pagos para mentir sobre um tema sagrado como os direitos humanos".

"Não dedicam uma única linha de seu escrito, nem um minuto de seu show midiático, para explicar como desperdiçam, sem nenhuma auditoria, os recursos do sistema internacional, elaborando pasquins repletos de falsos positivos", acrescentou a nota.

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© Agence France-Presse

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