Mesmo em transição, Bélgica é favorita no Grupo E da Eurocopa

Apesar de estar em fase de transição, com os últimos momentos de sua geração de ouro, a Bélgica chega como grande favorita no Grupo E da Eurocopa, que também conta com Eslovênia, Romênia e Ucrânia, esta última participando do torneio em um contexto particular, com o país sofrendo a invasão russa há mais de dois anos.

- Com De Bruyne, mas sem Courtois -

Já sem Hazard, Vermaelen, Kompany, Fellaini e Mertens, aposentados depois de terem sido pilares do histórico terceiro lugar na Copa do Mundo de 2018, os 'Diabos Vermelhos' continuam tendo como destaque remanescentes daquela geração, especialmente Kevin de Bruyne e Romelu Lukaku.

Thibaut Courtois é um caso à parte. O goleiro do Real Madrid ficou afastado durante quase toda a temporada devido a uma grave lesão no joelho, mas apesar de ter retornado na reta final e participado na final da Liga dos Campeões, o técnico Domenico Tedesco optou por não convocá-lo para a Euro.

De Bruyne, que completou 100 jogos pela seleção belga na última quarta-feira, no amistoso contra Montenegro, é junto com Lukaku e outros que estiveram no Mundial de 2018 (Witsel, Vertonghen, Carrasco) um dos encarregados de proteger e guiar os jovens talentos que estão surgindo, como Veermeren (19 anos), Doku (22) e Openda (24).

- Ucrânia nas mãos Lunin - 

O substituto de Courtois no Real Madrid ao longo da temporada é justamente o principal nome da Ucrânia. Andriy Lunin foi uma das grandes surpresas nas campanhas dos títulos do Campeonato Espanhol e da Champions e agora terá a chance de brilhar com sua seleção.

A Ucrânia vai participar pela quarta vez consecutiva da Euro, mas ao contrário das três primeiras, chegará em um contexto muito peculiar, com o país lutando contra a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.

Para dar uma alegria a seus cidadãos neste momento difícil, a seleção não conta apenas com Lunin, mas também com jogadores que atuam nas melhores ligas europeias, como o capitão Zinchenko (Arsenal), Mudryk (Chelsea), Malinovski (Genoa) e Tsyngankov e Dovbyk, pilares do histórico terceiro lugar do Girona no Campeonato Espanhol.

- Romênia aposta em nomes históricos -

Depois de oito anos ausente do torneio continental, a Romênia aposta em nomes históricos para o futebol do país.

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O técnico Edward Iorganescu, de 45 anos, é filho de Anghel Iordanescu, que comandou a seleção romena no que talvez seja o maior feito de sua história: chegar às quartas de final da Copa do Mundo, em 1994, com vitória sobre a Argentina.

O outro é Ianis Hagi, que aos 25 anos não parece que terá o mesmo sucesso de seu lendário pai, Gheorghe, mas que será o camisa 10 da Romênia, a mesma que usava o melhor jogador da história do país.

Outro motivo para o otimismo romeno é a campanha invicta nas Eliminatórias da Euro, mas diferentemente do time que brilhou nos anos 1990, a atual Romênia não tem grandes estrelas e apenas quatro ou cinco de seus jogadores atuam nas grandes ligas, como próprio Hagi, que na última temporada defendeu o Alavés, da Espanha.

- Terceira participação da Eslováquia -

A Eslováquia, equipe com o pior ranking Fifa entre as integrantes do Grupo E (48ª), fará sua terceira participação consecutiva na Eurocopa, na qual nunca passou das oitavas de final (2016).

O time não conta com um grande goleador, já que Marek Hamsik, seu principal nome nos campeonatos anteriores, faz parte da comissão técnica do italiano Francesco Calzona.

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Por isso, boa parte das esperanças eslovacas recaem na força defensiva da equipe, apesar da temporada apagada do zagueiro Milan Skrinar no Paris Saint-Germain.

Também se destacam outros nomes como Lobotka (Napoli), Duda (Hellas Verona) e o capitão Kucka, que ao lado de Pekarik são os últimos remanescentes da primeira participação da Eslováquia em uma Copa do Mundo, na edição de 2010.

bur-mcd/iga/cb

© Agence France-Presse

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