Hamas e Jihad Islâmica reivindicam 'atentado' de domingo em Tel Aviv

Os braços armados dos movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica reivindicaram, nesta segunda-feira (19), em um comunicado conjunto "o atentado suicida de domingo à noite em Tel Aviv" e ameaçaram cometer outros ataques em Israel.

As Brigadas Ezedin al Qasam e as Brigadas al Qods, braço armado do Hamas e da Jihad Islâmica respectivamente, afirmaram que "os atentados suicidas no interior ocupado (Israel) voltarão a ficar em primeiro plano enquanto persistirem os massacres do ocupante (israelense), as operações de transferência forçada de civis e a política de assassinatos".

Hamas e Jihad Islâmica lutam na Faixa de Gaza contra o Exército israelense, que iniciou uma ofensiva terrestre e aérea no território palestino em resposta a um ataque letal do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.

Um "grande ataque terrorista foi evitado ontem [domingo] em Tel Aviv", disse o porta-voz do governo israelense, David Mencer, em entrevista coletiva nesta segunda-feira. 

"O palestino, que carregava uma mochila cheia de explosivos, explodiu a carga que carregava antes que pudesse chegar a uma área mais densamente povoada", acrescentou.

O ataque de domingo à noite "feriu ligeiramente um transeunte", segundo a polícia israelense, que denunciou "um atentado terrorista com um explosivo potente", sem mencionar que se tratou de uma operação suicida.

Esta explosão ocorreu pouco antes da chegada do secretário de Estado americano, Antony Blinken, à capital israelense, onde deverá se reunir com os líderes do país para chegar a um acordo de trégua na Faixa de Gaza, após mais de dez meses de guerra.

Os atentados com explosivos em Tel Aviv, muito frequentes durante a segunda Intifada, a revolta palestina do início dos anos 2000, são raros atualmente.

As autoridades israelenses indicaram no domingo que a explosão matou uma pessoa, que a imprensa do país apresentou como o suposto autor do atentado.

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O presidente israelense, Isaac Herzog, denunciou nesta segunda-feira a Blinken "uma série de ataques terroristas realizados por terroristas palestinos", citando tanto a morte de um colono na Cisjordânia pelas mãos de um palestino no domingo como a explosão em Tel Aviv.

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© Agence France-Presse

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