Coreia do Norte interfere em sinais de GPS e perturba transporte aéreo e marítimo em vizinha do Sul

O Exército sul-coreano denunciou que a Coreia do Norte está interferindo em seus sistemas de posicionamento global (GPS) desde sexta-feira (8), impactando a navegação de várias embarcações e o voo de dezenas de aeronaves civis. 

De acordo com uma declaração do Estado-Maior Conjunto de Seul, as interferências provêm das cidades norte-coreanas de Haeju e Kaesong, localizadas perto da fronteira, e estão causando "interrupções operacionais" no tráfego aéreo e marítimo. 

Os militares pediram aos navios e aeronaves sul-coreanos que operam no Mar Amarelo que fiquem alertas a estes ataques, que começaram na sexta-feira e continuam neste sábado (9). 

"Urgimos fortemente que a Coreia do Norte pare imediatamente suas provocações do GPS e alertamos que a responsabilizaremos por qualquer problema resultante disso", acrescentou. 

O incidente ocorre após dias de demonstrações de força por parte de ambos os países, em conflito desde a Guerra da Coreia da década de 1950, que determinou a atual divisão da península do nordeste asiático. 

A Coreia do Norte disparou seu míssil balístico intercontinental mais avançado e vários projéteis de curto alcance. 

Já a sua vizinha do Sul lançou um míssil balístico de curto alcance na sexta-feira para demonstrar sua "forte determinação de responder com firmeza a qualquer provocação norte-coreana". 

As relações já tensas entre Seul e Pyongyang foram ainda mais prejudicadas pelo fortalecimento da aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte, bem como pela assinatura de um tratado de defesa mútua entre os dois países.

Pyongyang já havia tentado bloquear sinais de GPS em maio, segundo militares sul-coreanos, mas a ação não afetou as operações militares do Sul. 

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Especialistas alertam que tais ações podem levar a incidentes mais sérios, exacerbando as tensões na península. 

"Os ataques de interferência do GPS representam um risco real de incidentes graves, incluindo possíveis acidentes aéreos na pior das hipóteses", disse à AFP Yang Moo-jin, presidente da Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seul. 

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© Agence France-Presse

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