Argentina rejeita ordem de prisão do TPI porque 'ignora' direito de defesa de Israel
O governo argentino rejeitou nesta quinta-feira (21) o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, porque "ignora o direito legítimo de Israel de se defender", segundo um comunicado.
"Israel enfrenta agressões brutais, uma tomada de reféns desumana e o lançamento indiscriminado de ataques contra a sua população. Criminalizar a legítima defesa de uma nação e, ao mesmo tempo, omitir estas atrocidades é um ato que distorce o espírito da justiça internacional", diz um comunicado divulgado pelo presidente Javier Milei na rede social X.
O TPI em Haia emitiu hoje as ordens de prisão contra Netanyahu e Gallant, mas também contra o líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, por crimes de guerra e contra a humanidade.
O presidente argentino expressou em diversas ocasiões seu apoio ao governo de Israel, país que declarou como aliado prioritário junto com os Estados Unidos.
"A Argentina se solidariza com Israel, reafirma seu direito de proteger seu povo e exige a libertação imediata de todos os reféns. Apelamos à comunidade internacional para que condene as ações do Hamas e do Hezbollah, defenda a soberania de Israel e aja com justiça e imparcialidade na busca por uma paz duradoura na região", acrescenta a nota.
Na noite desta quinta, Milei anunciou em um discurso a empresários que seu governo está trabalhando em um memorando com o governo israelense.
"Estamos avançando em um memorando histórico com o governo israelense, uma aliança bilateral entre duas nações irmãs, um memorando em defesa da liberdade e da democracia, no combate ao terrorismo e às ditaduras", disse Milei, sem dar maiores detalhes sobre o acordo.
O presidente afirmou que espera que "esta aliança entre Argentina e Israel se transforme em um modelo para que outras nações do mundo livre também escolham a vida e a liberdade, condenando firme e abertamente o terrorismo".
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© Agence France-Presse
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