Futura ministra denuncia 'excesso de poder' no Departamento de Educação dos EUA

Escolhida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para liderar o Departamento de Educação, Linda McMahon denunciou, nesta quinta-feira (13), um excesso de poder nesta pasta que o republicano quer suprimir, durante uma audiência diante de um comitê do Senado.

"Nossas feridas se devem à excessiva consolidação do poder no sistema educacional federal", declarou McMahon, uma empresária de 76 anos, perante a comissão encarregada de supervisionar os assuntos educacionais.

"Qual é o remédio? Financiar a liberdade educacional, não o governo", acrescentou.

Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu fechar o Departamento Federal de Educação e entregar suas competências aos governos estaduais.

McMahon é a antiga chefe da popular liga de luta livre WWE e também fez parte do governo no primeiro mandato de Trump (2017-2021), naquela época como diretora da administração de pequenas empresas.

A ameaça de Trump enfureceu os democratas, os sindicatos de professores e muitos pais, que o veem como um ataque ao sistema de ensino público. Mas o presidente republicano insiste e até ordenou a McMahon que "fique sem emprego".

Os grupos conservadores, por sua vez, estão encantados por considerar que isso reitera o controle local sobre os centros educacionais. Porém, reconhecem que será uma tarefa árdua.

Na audiência, o senador Bernie Sanders, da ala mais à esquerda do Partido Democrata, disse que este departamento "proporciona recursos vitais a 26 milhões de crianças deste país que vivem em distritos escolares de alta pobreza".

Sanders afirmou que é "responsabilidade do governo federal garantir que todas as crianças dos Estados Unidos, sejam pobres, de classe média ou ricas, recebam uma educação de qualidade".

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McMahon, grande doadora do Partido Republicano, tem apoiado financeiramente a carreira política de Trump desde 2016.

Ela é casada com Vince McMahon, também uma figura poderosa da WWE, um império de luta livre fundado na década de 1950.

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© Agence France-Presse

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