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Deputados e senadores contrários ao impeachment lançam frente parlamentar

30/03/2016 22h45

Deputados e senadores contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff lançaram hoje (30) no Congresso Nacional a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia. A solenidade de lançamento reuniu senadores e deputados do PT, PCdoB e PSOL, entre outros, além de representantes de movimentos sociais.

Os integrantes da frente rejeitam a denúncia contra Dilma por entender que a presidenta não cometeu crime de responsabilidade. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, é necessário que os movimentos sociais continuem nas ruas até a votação do pedido de afastamento da presidenta na Câmara. "Vamos chegar no dia desse impeachment com a opinião pública do nosso lado". Segundo Costa, a Constituição e a democracia "correm perigo".

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), citou casos de agressões a pessoas que vestem roupas vermelhas, independente de posição política. Para ele, o impeachment é um instrumento constitucional, mas no caso do processo contra a presidenta "é um golpe". A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) disse que é inaceitável e paradoxal que uma presidenta da República que não tenha responda a nenhum crime seja alvo de impedimento.

O líder do PT, deputado Afonso Florense (BA), também argumentou que Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Por isso, segundo ele, "impeachment é golpe".

O deputado Adelmo Leão (PT-MG) disse que a frente irá lutar para que não haja golpe. "A frente é necessária porque tem muitos golpistas aqui no Congresso e tem muitos golpistas nas nossas atividades empresariais", disse. "Não vamos deixar que aconteça o impeachment aplicado como um golpe contra os interesses nacionais, contra a presidenta Dilma, contra aqueles que querem a liberdade para o Brasil", acrescentou.

Entre as falas dos deputados e senadores que compareceram ao lançamento da frente, representantes de movimentos sociais e parlamentares em coro gritavam: "Impeachment sem crime é golpe" e "Não vai ter golpe, vai ter luta".