Manifestantes seguem em marcha rumo ao Congresso Nacional
Manifestantes a favor do governo Dilma Rousseff saíram, no final tarde de hoje (31), em marcha do Estádio Nacional Mané Garrincha em direção ao Congresso Nacional. O ato, organizado pela Frente Brasil Popular, composta por diversas entidades sindicais, movimentos sociais e partidos políticos. Os manifestantes levam cartazes com frases de apoio a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o que chamam de golpe.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas participam do ato. Uma nova estimativa, no entanto, será calculada quando todos os manifestantes chegarem ao gramado em frente ao Congresso Nacional. A expectativa da corporação é que o ápice da manifestação reúna 100 mil pessoas.
Dezenas de ônibus vieram de vários estados para o ato na capital. Vários carros de som, com militantes e bandas de vários estilos seguem na marcha.
Antônio Irineu, 61 anos, veio de Londrina (PR), para pedir a permanência de Dilma no poder. "Esse grande ato reflete o que a população quer. Estamos lutando contra o golpe. Querem acabar com os partidos progressistas do Brasil", disse o bancário. Segundo ele, seis ônibus saíram da cidade paranaense rumo a Brasília.
A historiadora Cláudia Coimbra, 50 anos, veio de Ouro Preto (MG) para o ato. Muito animada, ela afirma que está sendo escrita "a história contemporânea". "É a gente lutando para não ver a repetição da história, que vem de muito antes de 1964. Temos uma elite retrógrada e que não quer abrir mão dos seus privilégios."
Para ela, as investigações da Operação Lava Jato são seletivas. "A investigação está sendo extremamente partidarizada. Tudo tem que ser apurado e todos punidos. Estão punindo só um partido. Para os partidos de oposição não está tendo investigação, punição, nada".
O ato de hoje é mais um entre aqueles que apoiam a permanência de Dilma Rousseff na presidência da República. A manifestação ocorre dois dias depois do rompimento do PMDB com o governo.
Câmara dispensa funcionários
A Câmara dos Deputados dispensou todos os funcionários da Casa, tantos os servidores quanto terceirizados, às 17h em função da manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff que ocorre na Esplanada dos Ministérios e nas imediações do Congresso Nacional.
A autorização para antecipar o encerramento do expediente partiu do diretor-geral da Casa, Romulo de Sousa Mesquita. Segundo o comunicado, todos os servidores deverão registrar o ponto na saída e os que ainda não completaram a jornada ordinária diária terão as horas não cumpridas automaticamente abonadas.
A decisão foi tomada para facilitar o retorno dos funcionários a suas casas em decorrência dos bloqueios dos acessoas aos prédios da Câmara devido à manifestação.
*Colaboraram Luciano Nascimento e Iolando Lourenço
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