Bloco Os Raparigueiros reúne centenas de milhares em Brasília
Bloco de carnaval Raparigueiros agita foliões na parte sul do Eixão. Expectativa dos organizadores é receber 180 mil foliões
Um dos maiores blocos de carnaval do Distrito Federal, o bloco Os Raparigueiros promete reunir uma multidão no Eixão Sul, principal avenida que corta a Asa Sul, em Brasília, neste domingo de carnaval. De acordo com a organização, nem a chuva deve afastar os 180 mil foliões que devem passar hoje (26) pelo bloco que iniciou a concentração às 16h e promete levar a festa até a 0h. Para animar os foliões, o bloco conta com dois trios elétricos, que vão puxando a multidão ao longo do Eixão. "Vamos ter muita gente hoje. Cerca de 50 mil pessoas na concentração, e a nossa expectativa de público hoje é de 180 mil pessoas no alto da festa", disse o presidente do bloco, assistente administrativo, Weliton Santana, 45 anos. Foliões improvisaram proteção para a chuva Criado em 1992, o bloco completa, em 2017, 25 anos de folia nas ruas de Brasília. Inicialmente eram poucas pessoas, Segundo Santana, de lá para cá, a festa mudou bastante. "Quando a gente começou o bloco só tinha 25 pessoas. Alguns já morreram, mas hoje a diretoria do bloco são dez raparigueiros. Naquela época, praticamente não havia carnaval de rua em Brasília. Hoje, a gente é o maior bloco do Centro-Oeste e reúne mais de 100 mil pessoas. O carnaval de rua de Brasília só existe por causa dos blocos tradicionais", destacou. A estudante Sueli Fernandes, de 19 anos, considera o bloco o melhor do Distrito Federal. Segundo a jovem, Os Raparigueiros chamam atenção porque reúnem muitos jovens e proporcionam muita animação. "A música é boa. Também tem muita gente bonita. Venho sempre com as minhas amigas para cá. Hoje, mesmo com a chuva, está muito bom", disse. Confusões A expansão do bloco também trouxe inconvenientes, como brigas e confusões. A reportagem da Agência Brasil presenciou uma briga na concentração do bloco. Acompanhado da namorada e de dois amigos, o soldador Francisco Silva, 25 anos, disse que prefere acompanhar a folia um pouco afastado. "Infelizmente, muita gente vem mal-intencionada para cá e acaba provocando confusão. Por isso a gente fica um pouco afastado da multidão para evitar essas coisas. Também sempre venho com um grupo de amigos e um acaba tomando conta do outro", comentou. Para tentar dar mais segurança, o bloco conta, de acordo com Santana, com o apoio de 300 policiais. "Na realidade a gente pede muito à Secretaria de Segurança para reforçar o efetivo de policiais no nosso bloco. O bloco é o maior do Centro-Oeste e não pode receber o mesmo policiamento que um bloco com apenas 200 pessoas. É diferente", declarou. Ainda de acordo com o presidente da agremiação, sempre que uma confusão acontece, é feito um apelo para que as pessoas brinquem o carnaval de maneira pacífica. "Ano passado, o carnaval movimentou mais de um milhão de pessoas em Brasília, e a grande maioria da própria cidade. Então, a gente sempre pede que as pessoas não briguem, mas infelizmente isso acontece e não é só aqui nos Raparigueiros", afirmou Santana. Programação Neste domingo de carnaval, além dos Raparigueiros, quatro dos oito blocos carnavalescos tradicionais agitaram as ruas durante o dia: Baratona, na 108/208 Sul; Baratinha, no Estacionamento 12 do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek; Menino de Ceilândia, na CNM 1; e Pacotão, na 302/303 Norte. O bloco vai desfilar novamente na terça-feira (28), encerrando o carnaval de Brasília. "Na terça-feira é o dia mais forte, pois é o encerramento do carnaval de Brasília, e a cidade toda vem para o bloco", disse. Para quem pensa que a folia acaba na Quarta-Feira de Cinzas, Santana rebate: "Vamos fazer a ressaca dos blocos tradicionais em 11 de março", disse Santana a respeito do evento que reúne os blocos tradicionais do DF, realizado há dez anos na Praça dos Estados, na Candangolândia.
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