Topo

Comércio fecha as portas em dois bairros do Rio, após morte de traficante

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil *

27/04/2017 19h14

Traficantes armados circulando de moto ameaçaram hoje (27) os comerciantes dos bairros do Rio Comprido e da Tijuca, exigindo que os mesmos fechassem as portas dos seus estabelecimentos, caso contrário atirariam contra os mesmos. A medida fez com que lojas comerciais, drogarias e supermercados das duas localidades fechassem as portas e os funcionários fossem liberados mais cedo do trabalho, por medida de segurança. A represália se deveu à morte, na noite de ontem (26), de um gerente do tráfico de drogas no morro do Turano, após uma operação do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope). De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, a ordem para o fechamento do comércio teria partido de traficantes de drogas do Turano. O policiamento foi reforçado em toda a região, com carros da corporação circulando pelos bairros, mas os comerciantes decidiram manter as portas fechadas com medo de represálias. Em nota, a PM informou que o policiamento segue reforçado em toda a região e o Batalhão de Choque está fazendo uma operação no morro do Turano contra o tráfico de drogas. O presidente do Clube de Diretores Lojistas (CDL) do Rio, Aldo Gonçalves disse que a situação de insegurança acontece no Rio como um todo e o número de lojas que estão fechando porque foram assaltadas é muito grande. "Nós estamos vivendo realmente um período difícil e para o comércio isso é péssimo, porque além das lojas serem assaltadas, (a violência) afugenta os clientes das ruas para as compras e isso é ruim para o comércio e para a economia com um todo", avaliou. Números Segundo pesquisa do CDL-Rio, somente em janeiro deste ano 732 estabelecimentos comerciais do município fecharam as portas, 37,9% a mais do que no mesmo mês do ano passado. Em todo o estado do Rio, também em janeiro, foram extintas 1.678 empresas, um aumento de 31,2% em relação ao mesmo mês de 2016. *Colaborou Fabiana Sampaio, repórter do Radiojornalismo