Marcello Casal Jr/Agência Brasil União, estados e municípios apresentaram resultado negativo nas contas públicas em março. O déficit primário ficou em R$ 11,047 bilhões, contra R$ 10,644 bilhões de março de 2016, segundo dados divulgados hoje (28), em Brasília, pelo Banco Central (BC). O resultado de março foi o pior para o mês na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001. Em março deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) acusou défict primário de R$ 11,686 bilhões. Os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 473 milhões e os municipais, resultado positivo de R$ 465 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram défict primário de R$ 298 milhões no mês passado. De janeiro a março, o setor público anotou superávit primário de R$ 2,197 bilhões. No mesmo período de 2016, houve déficit primário de R$ 5,771 bilhões.
Setor público tem déficit nominal de R$ 108,293 bilhões Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 43,302 bilhões no mês passado, e em R$ 110,490 bilhões no primeiro trimestre. O setor público teve déficit nominal - formado pelo resultado primário e os resultados de juros - de R$ 108,293 bilhões de janeiro a março. Somente em março, o déficit nominal foi de R$ 54,349 bilhões. A dívida líquida do setor público - balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais - somou R$ 3,020 trilhões em março, o que corresponde a 47,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em relação a fevereiro, houve aumento de 0,4 ponto percentual. A dívida bruta - que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais - chegou a R$ 4,527 trilhões ou 71,6% do PIB, com alta de 1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esse percentual é recorde na série histórica, que começou em dezembro de 2006.
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