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Sindicato diz que greve no Rio fecha 300 agências bancárias

Alana Gandra e Douglas Corrêa - Repórteres da Agência Brasil

28/04/2017 14h42

Balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro informa que cerca de 300 agências do universo de 800 da capital fluminense permanecem fechadas em bairros do centro e das zonas norte e oeste da cidade, em adesão à greve contra as reformas trabalhista e da Previdência. De acordo com o sindicato, a greve atinge também cinco prédios administrativos, sendo dois do Banco do Brasil, um da Caixa Econômica Federal, um do Bradesco e um do Santander. A presidente do sindicato, Adriana Nalesso, disse à Agência Brasil que os "bancários entenderam o que está em jogo nesse processo de retirada de direitos e que é importante reagir. Os bancários reagiram e estão reagindo bem". A categoria reúne no Rio de Janeiro cerca de 30 mil trabalhadores. Atos estão sendo realizados pelo Sindicato dos Bancários em frente às agências do centro da cidade. Ações ocorrem também em outras regiões do estado, como Baixada Fluminense e regiões serrana e metropolitana, disse Adriana.
  Reunião na Cinelândia A partir das 18h, os bancários vão se juntar a outras categorias, na Cinelândia, para um protesto coletivo. Os trabalhadores consideram que a reforma trabalhista altera artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em prejuízo do trabalhador, e que a reforma da Previdência vai na mesma direção, com aumento da idade e do tempo de contribuição para a aposentadoria, "sem considerar a realidade do trabalho brasileiro", disse Adriana. Ônibus atacados Entre a madrugada e o início da manhã de hoje (28), 13 ônibus articulados que servem o Consórcio BRT foram depredados em dois dos três corredores - TransOeste e TransCarioca. Dos 13 ônibus atacados, 11 foram entre as estações de Vicente Carvalho e Vaz Lobo. Os outros dois sofreram ataques no corredor TransOeste. No momento, a situação está normalizada. Depredações são episódios tão recorrentes no sistema BRT que vidros de janelas e portas são estocados preventivamente, de forma que os veículos já foram recolhidos e reparados, voltando a circular. No terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, o mais importante do corredor expresso, o movimento foi reduzido pela manhã, com cerca de 40% de passageiros de um dia normal. Agora na parte da tarde, o movimento está aumentando e a tendência é que o serviço normalize na volta do trabalhador para casa. A Polícia Militar informou, em nota, que está acompanhando as manifestações desta sexta-feira e, até o momento, não há registro de prisões ou detenções.