Após depredação, Ministério da Agricultura retoma atividades
Após ter sido alvo de depredação no protesto dessa quarta-feira (24), as atividades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram retomadas hoje (25). Os funcionários, porém, ainda estão ingressando por uma entrada anexa. A portaria central permanece fechada. Durante o protesto, um grupo de manifestantes invadiu o prédio e ateou fogo em algumas áreas. De acordo com o ministério, foram destruídos quadros que fazem parte da galeria de ex-ministros da pasta. Grupo de manifestantes depredou Ministério da Agricultura durante protesto contra governo na Esplanada dos Ministérios O subencarregado de manutenção do ministério, Daniel Carvalho, informou que 5% da edificação foram danificados, a maior parte mobiliário. Segundo Carvalho, 40 funcionários estão trabalhando na limpeza e organização das áreas atingidas. A recuperação deve levar três meses. A equipe aguarda ainda a perícia da Polícia Federal. Por causa do tumulto, o prédio foi evacuado na quarta-feira e funcionários deixaram o local. De acordo com relatos, servidores receberam um comunicado interno para saírem do prédio pela garagem e foram liberados oficialmente por volta das 15h. Alguns funcionários contaram à reportagem que o clima foi de apreensão, que carros de servidores foram depredados e homens chegaram a entrar com um carro roubado no hall do ministério. Policiais encontraram no veículo armas brancas. Para alguns funcionários que conversaram com a reportagem, a segurança no prédio deveria ter sido maior e criticou a depredação. "O pessoal mal informado não entende que, ao destruir o patrimônio público, está indo contra o povo", disse a servidora do setor de Consultoria Jurídica, Mary Mourão. No dia anterior à manifestação, tapumes foram colocados na frente principal do ministério para tentar evitar invasões. Outra funcionária, que não quis se identificar, disse que optou por usar o banco de horas e trabalhar de casa após ver que o número de participantes do protesto seria grande. "A segurança do servidor público tem que ser garantida, independemente do que eles tão querendo com essas manifestações. O governo subestimou [a dimensão do protesto]", disse. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito federal, cerca de 45 mil pessoas participaram da manifestação contra as reformas da Previdência e trabalhista e que pedia a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas. A assessoria de imprensa do MInistério da Agricultura informou que a transmissão da mensagem de evacuação depende de aval da Presidência da República. A assessoria negou clima de pânico, mas reconheceu que o sistema de avisos deveria contar com outros mecanismos, como sirenes.
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