Confiança de Serviços cai 0,1 ponto após quatro meses de alta
Índice de Confiança de Serviços recuou 0,1 ponto em novembro, revela pesquisa da Fundação Getúlio Vargas
A estabilidade da economia, que vem sendo constatada nos principais indicadores dos últimos meses, não está conseguindo alterar significativamente os números do Índice de Confiança de Serviços (ICS), cujos dados foram divulgados hoje (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Segundo a FGV, o indicador, embora tenha ficado praticamente estável, recuou 0,1 ponto este mês, comparativamente a outubro, após quatro meses consecutivos de alta. Em médias móveis trimestrais, porém, o índice segue em elevação pelo terceiro mês consecutivo. Os dados indicam que a relativa estabilidade em novembro na comparação com outubro reflete queda da confiança em 7 das 13 atividades pesquisadas. A principal influência negativa no resultado de novembro veio do Índice da Situação Atual (ISA-S), que chegou a recuar 0,8 ponto em contraponto ao Índice de Expectativas (IE-S), que avançou 0,7 ponto na mesma base de comparação. Para o consultor da Ibre/FGV, Silvio Sales, os números - desde o início de segundo semestre - revelam um processo mais equilibrado entre percepção e situação corrente. "A virtual estabilidade da confiança no mês não altera o quadro positivo dos indicadores nos últimos meses. A evolução desde o início do segundo semestre revela um processo mais equilibrado entre a percepção empresarial sobre as condições correntes e suas expectativas para os próximos meses, padrão que não era observado anteriormente", disse. Para Sales, "a melhora do ambiente de negócios é também mais espalhada entre os segmentos. E a maior convergência nas avaliações empresariais reforça os sinais de ampliação do ritmo de atividade do setor para os próximos meses." Ainda no que diz respeito ao Índice de Situação Atual, a queda de 0,8 ponto foi determinada pelo indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios, que, ao cair 1,2 pontos, exerceu a maior contribuição para a retração de ISA-S em novembro. Já a alta de 0,7 ponto do Índice de Expectativa foi determinada pelo avanço do indicador de demanda prevista, que subiu 2,5 pontos indo para 90,4 pontos. A FGV ressalta que o Nível de Utilização da Capacidade da Indústria do setor de serviços fechou novembro com queda de 0,6 ponto percentual frente a outubro, indo a 82,4%. Essa queda devolveu em parte o crescimento de 1,5 ponto percentual registrado em outubro. Percepção empresarial tem melhora Na avaliação da FGV, a evolução recente de alguns fatores restritivos à atividade de Serviços é um aspecto adicional que confirma a gradual melhora na percepção empresarial. Neste aspecto, a pesquisa apresenta às empresas uma relação de fatores potencialmente limitadores da melhora dos negócios. Porém, a proporção de empresas reportando o fator "demanda insuficiente" vem recuando nos últimos meses, chegando a 35,3% em novembro, o menor valor desde março de 2015. Já a parcela das que afirmam estar operando "sem impedimentos" cresce discretamente, chegando a 13,5% do total em novembro, o maior percentual desde fevereiro de 2015. A pesquisa de novembro obteve informações de 1.950 empresas entre os dias 1 e 24 deste mês.
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