Justiça aceita denúncia contra homem que atropelou 18 pessoas no Rio
A Justiça do Rio aceitou a denúncia contra Antônio de Almeida Anaquim, que atropelou 18 pessoas, matando duas, entre elas um bebê de oito meses, em janeiro deste ano, na Praia de Copacabana, depois de atravessar a ciclovia. Ele vai responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e lesão corporal culposa.
Além do bebê, o motorista também provocou a morte do australiano Christopher John Gott, que estava no calçadão.
Na decisão, a juíza Alessandra de Araújo Bilac, da 40ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, escreveu: "é certo que o denunciado agiu de forma negligente, eis que, a despeito de estar plenamente ciente de seus problemas neurológicos decorrentes do quadro clínico de epilepsia de que é portador, e estando em tratamento médico desde a adolescência para evitar os recorrentes 'apagões', mesmo assim negou tal fato quando renovou de sua carteira de habilitação, deixando de se submeter a procedimento mais criteriosos no Detran".
Antônio Anaquim agora será citado e deverá apresentar defesa no prazo de 10 dias após a citação pela Justiça.
Anaquim já responde a processo criminal por falsidade ideológica. Segundo a Justiça, ele virou réu por ter mentido ao Detran (Departamento de Trânsito) do Rio ao dizer que não sofria de epilepsia para renovar sua carteira de habilitação. Anaquim continuava dirigindo o carro mesmo depois que o Detran suspendeu sua licença para dirigir, em novembro de 2014.
Ainda em janeiro deste ano, a Justiça do Rio determinou o recolhimento do passaporte de Anaquim. A determinação atendeu a um pedido da Polícia Civil que, durante as investigações, apurou a intenção dele em deixar o país.
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