Yanomamis liberam servidores retidos em Roraima
Servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Roraima, que estavam retidos na região de Surucucu, em Alto Alegre, Norte de Roraima, desde domingo, já foram liberados e começaram a deixar a região hoje (18). Os servidores estavam sob a guarda de índios Yanomami, que protestavam contra a morte de duas crianças indígenas. De acordo com informações preliminares da Fundação Nacional do Índio (Funai), a liberação começou no final da tarde desta terça-feira. Dos 17 funcionários da Sesai, quatro servidores voltaram para Boa Vista em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Os demais devem retornar nesta quarta-feira (19). A assessoria da Funai, que acompanhava a situação, disse não ter detalhes sobre o processo de negociação. "A Funai tem acompanhado o caso por meio da equipe local, colocando-se à disposição para contribuir", disse a assessoria. "No entanto, as negociações são realizadas entre os indígenas e a Sesai, o que foge da possibilidade de nos pronunciarmos sobre o caso", informou à Agência Brasil a assessoria da Funai. O impasse teve início após a morte de duas crianças yanomamis. Os índios cobram da Sesai, ligada ao Ministério da Saúde, melhorias no atendimento médico às comunidades. Além de melhor atendimento, também foi pedida a exoneração do coordenador do distrito da Sesai que atende a comunidade Yanomami. De acordo com os índios, o coordenador não estaria atendendo às demandas das comunidades. A reportagem da Agência Brasil tentou falar com a Sesai em Roraima para saber os detalhes da negociação, mas não obteve contato. No domingo, os índios retiveram as três aeronaves usadas pelos profissionais da Sesai, que prestam serviço de atendimento à saúde nas aldeias. Ontem (17), o governo disse que as equipes não havia sido sequestradas pelos indígenas. "Nenhum profissional foi retido ou preso pelos indígenas e não há descontinuidade nos atendimentos", informou o ministério, em nota.
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