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Presidentes do Irã e da Ucrânia vão conversar por telefone neste sábado

11/01/2020 11h48

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, terão hoje (11) à tarde uma conversa telefônica, depois que o Irã admitiu que abateu, por engano, um avião da companhia Ukraine Airlines International, matando todas as 176 pessoas a bordo.

Zelensky terá "uma conversa telefônica com o Presidente da República islâmica do Irã, Hassan Rohani, às 17h (12h, em Brasília)", após a qual "falará ao povo ucraniano", informou um comunicado da presidência ucraniana.

"Os nossos especialistas em Irã tiveram acesso a todas as fotografias e vídeos e outras informações necessárias para analisar os processos em curso em Teerã", informa ainda o comunicado, que manifesta confiança de que o Irã vai realizar um inquérito "rápido e objetivo".

Neste sábado (11) o presidente da Ucrânia exigiu a punição dos responsáveis pelo abate, além do pagamento de indenizações por parte do governo iraniano.

"A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste no pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à justiça, devolva os corpos, pague uma indenização e publique um pedido de desculpas oficial", escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta do Twitter.

"A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos", acrescentou.

O Irã admitiu hoje que o avião ucraniano que caiu na quarta-feira (8) em Teerã foi abatido inadvertidamente por militares iranianos.

Nas redes sociais, o presidente do Irã afirmou que o país "lamenta profundamente" ter abatido um avião civil ucraniano, sublinhando tratar-se de "uma grande tragédia e um erro imperdoável".

O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines caiu na quarta-feira nos arredores de Teerã. A maior parte das vítimas era iranianos e canadenses, mas também havia afegãos, britânicos e suecos, além de 11 ucranianos, nove dos quais membros da tripulação.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, em uma operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.